Dom Odilo presidiu, nesta quarta-feira, 25, a Missa da solenidade de São Paulo Apóstolo e destacou o aniversário de 469 anos da cidade de São Paulo
Jéssica Marçal, com colaboração de Julia Beck
Da redação
Dom Odilo Scherer /Foto: Reprodução Canção Nova
A Igreja celebra, nesta quarta-feira, 25, a solenidade de São Paulo Apóstolo. Na arquidiocese de São Paulo, o arcebispo local, Cardeal Odilo Pedro Scherer, presidiu a Missa solene às 9h na Catedral da Sé.
A data de hoje também é celebrativa para a cidade de São Paulo, que comemora seu aniversário de fundação. “Já são 469 anos de história, de muitas lutas, heroísmo, grandes feitos, de ações cotidianas de gente humilde e de gente grande que fizeram a grandeza desta metrópole”.
O cardeal expressou gratidão a todos os que contribuíram, ao longo de mais de quatro séculos, para a cidade de que hoje tantos usufruem. Também pontuou o compromisso de transmitir esse legado para as gerações futuras. “Como membros desta comunidade urbana, somos hoje desafiados a sermos dignos continuadores da obra daqueles que nos precederam e a escrever nossas páginas na história de São Paulo”.
O Apóstolo Paulo
A solenidade de hoje recorda o apóstolo que deu nome à cidade de São Paulo. Recordando a vida do santo, Dom Odilo rezou para que ele contagie os fiéis com seu vigor e coragem para a realização do bem e edificação de uma verdadeira comunidade humana.
O cardeal saudou as autoridades que governam hoje a cidade de São Paulo. “Rezo para que Deus os inspire s sustente em sua missão política e social”. Rezou também pelas organizações da sociedade civil presentes na cidade. “Que consigam contribuir sempre mais e melhor para o desenvolvimento de uma cultura de solidariedade, justiça e respeito dos direitos de cada pessoa”.
A Arquidiocese de SP olha para o apóstolo como alguém que olha para o seu patrono e padroeira, sublinhou Dom Odilo. Ao comentar sobre a história de conversão de São Paulo, o arcebispo lembrou as perseguições aos cristãos praticadas por Saulo e depois o encontro que teve com Deus em Damasco – um divisor de águas na vida daquele que depois passou a atender pelo nome de Paulo.
“Deixou de ser perseguidor dos cristãos para tornar-se um ardoroso discípulo de Cristo”, frisou. Dom Odilo recordou as palavras do santo: “Nada mais para mim tem valor, a não ser amar Jesus Cristo meu Senhor. (…) O meu viver é Cristo. Já não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim”.
Missão
Paulo foi convertido a discípulo fiel de Cristo e tornou-se um dos principais missionários do início do Cristianismo. O arcebispo lembra que o apóstolo levou o evangelho a inúmeros povos e dialogou com as várias culturas. Segundo Dom Odilo a Igreja se inspira em São Paulo, no discípulo e missionário que ele foi. “Dele queremos aprender ainda hoje a missão de anunciar a Boa Nova”, reforçou.
Na Arquidiocese de São Paulo, o cardeal destacou o desejo de dar uma atenção especial às paróquias, comunidades, serviços e iniciativas pastorais que estão concluindo uma parte diocesana do Sínodo convocado pelo Papa Francisco.
“Queremos aprofundar a conversão pastoral missionária para continuarmos de forma eficaz a missão de Cristo e de Paulo”, indicou. Dom Odilo citou alguns missionários que marcaram São Paulo com o seu testemunho de fé e pontuou qual deve ser o objetivo dos católicos: serem membros ativos da sociedade, testemunhas do evangelho e do Reino de Deus, querendo o bem de todos e da cidade.
Acolhedora, justa, respeitosa e fraterna é o que Dom Odilo deseja que a cidade de São Paulo seja. O cardeal pediu ao santo do dia que ajude os paulistas a acolherem de coração aberto a Palavra de Deus, e que seja inspiração de fé inabalável, ardor missionário e coragem. “Deus habita esta cidade imensa e quer bem a todo esse povo”, concluiu.
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