Secretário de Estado falou sobre relação do Papa com povo chinês em apresentação de obra dedicada a Cardeal Costantini, primeiro delegado apostólico no país asiático
Da Redação, com Vatican News
O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, fez um pronunciamento na apresentação da obra “O Cardeal Celso Costantini e a China – Construtor de uma ponte entre o Oriente e o Ocidente”. Ele afirmou que “os tempos parecem prematuros, mas se houvesse uma abertura por parte dos chineses, o Papa iria imediatamente à China, pela qual ele sempre demonstrou grande estima pelo seu povo, pela história e pela cultura”.
Um mês após a conferência na na Urbaniana pelos cem anos do Concilium Sinense, do qual o próprio Costantini foi o inspirador, promotor e organizador, Parolin evocou a figura do primeiro delegado apostólico na China que lançou as bases para um diálogo que encontrou resposta na assinatura do Acordo com a Santa Sé sobre as nomeações dos bispos.
O Acordo – assinado pela primeira vez em 2018 e depois renovado duas vezes em 2020 e 2022 – foi recordado por Parolin na breve conversa com jornalistas durante a apresentação. “Estamos dialogando com a China como temos feito há algum tempo, tentando encontrar os melhores procedimentos também para a aplicação do Acordo então assinado e que será renovado no final deste ano”, declarou o secretário de Estado.
A estima do Papa pelo povo chinês
No final da Audiência Geral da última quarta-feira, 19, ao saudar a associação “Amigos do Cardeal Celso Costantini”, o Papa aproveitou para enviar uma saudação ao povo chinês. “Nós sempre rezamos por esse povo tão nobre, tão corajoso, que tem uma cultura tão bonita”, disse Francisco.
Segundo Parolin, o Papa tem, de fato, um grande apreço e não perde uma oportunidade de expressá-lo ao povo e à nação chinesa. “Talvez por ser jesuíta, então tem toda a herança do passado… Certamente, todos esses são passos que ajudam a nos entendermos cada vez mais, a nos aproximarmos cada vez mais. Esperamos que esse caminho possa levar a uma conclusão positiva”, comentou.
O cardeal também se referiu sobre uma possível viagem do Pontífice à China. “Certamente o Papa está disponível para ir à China, na verdade ele deseja ir até lá”, observou, mas “não me parece que até agora existam condições para que este desejo do Papa se torne realidade”.