O cardeal Marc Ouellet, representante do Vaticano, celebrou missa na França lembrando momento crucial da 2ª Guerra Mundial
Da redação, com Vatican News
No dia 6 de junho de 1944, mais de 150 mil soldados das tropas aliadas invadiram o norte da costa francesa, fato que marcou a libertação da ocupação nazista. Este, conhecido como o Dia D, é lembrado como um momento definitivo na Segunda Guerra Mundial. Amanhã se comemora o 75º aniversário da data.
Centenas de veteranos viajaram ao norte da França para marcar a ocasião, onde um evento comemorativo será realizado nesta quinta-feira, 6, Colleville-sur-Mer, na Normandia, na presença dos presidentes da França e dos Estados Unidos. Um documento conjunto será assinado por 16 países, onde é expresso o desejo de que os “inimagináveis horrores” da guerra não se repitam.
Inaugurando as cerimônias na França, nesta quarta-feira, 5, o cardeal canadense Marc Ouellet, prefeito da Congregação dos Bispos, celebrou uma missa na Basílica local, e fez uma reflexão sobre a necessidade de valorizar e salvaguardar a paz num mundo cada vez mais dividido. “Tenho prazer em dar testemunho da mensagem de paz da Igreja Católica”, disse o religioso.
Ele observa que, no mundo de hoje, o Papa Francisco frequentemente critica o fato de que uma Terceira Guerra Mundial está sendo combatida aos poucos, e que é nossa responsabilidade urgente fazer mais para promover uma cultura de paz, de encontro, de diálogo. “Para mim, é uma oportunidade para trazer uma reflexão profunda da fé católica e do compromisso da Igreja Católica para o diálogo”, disse ele.
Primeiro de janeiro: Dia Mundial da Paz
O Cardeal lembrou que em 1968, o Papa Paulo VI estabeleceu o Dia Mundial da Paz, marcado anualmente em 1º de janeiro. “Há mais de 50 anos, temos uma mensagem muito concreta para a educação da paz”, disse ele. “É uma mensagem oferecida à humanidade em geral”, acrescentou.
O cardeal Ouellet disse que é uma mensagem que deve ser ensinada e desenvolvida nas escolas e na família porque, explicou, “uma cultura de paz começa no coração e nas relações básicas: na família, nas escolas, na sociedade em geral”.
Ele disse que, se queremos construir um futuro de paz, precisamos pensar na paz não apenas como ausência de guerra “, mas como uma cultura positiva de paz, amor, justiça, fraternidade”.
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