Secretário de Estado do Vaticano expressou consternação com o bombardeio de maternidade na Ucrânia e reiterou disposição da Santa Sé para intermediar o conflito se for chamada
Da Redação, com Vatican News
O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, afirmou que o bombardeio de um hospital pediátrico é inaceitável. Ele respondeu às perguntas de jornalistas à margem de uma conferência em Roma, expressando sua preocupação com uma guerra sem tréguas. A declaração foi após o ataque aéreo russo que, segundo o chefe da administração militar regional de Donetsk, destruiu um hospital em Mariupol com maternidade e enfermarias pediátricas.
O cardeal também mencionou a conversa telefônica que teve na terça-feira, 8, com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Segundo o purpurado, a conversa não ofereceu garantia alguma, nem os corredores humanitários.
Mediação da Santa Sé
Cardeal Parolin também reiterou a disponibilidade da Santa Sé em mediar as tratativas a fim de colocar fim à guerra, mas deve ser chamada a fazê-lo.
“A presença de dois cardeais na Ucrânia, o esmoleiro papal Konrad Krajewski e o prefeito interino do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, Michael Czerny, é um sinal de que o Papa quer dar sua contribuição não apenas em um nível mais propriamente diplomático e espiritual, mas também em nível de ajuda humanitária”, declarou.
Por fim, referindo-se às palavras do patriarca ortodoxo russo Kirill, o cardeal disse que estas declarações não encorajam e não promovem um entendimento. Pelo contrário, correm o risco de inflamar ainda mais os ânimos, levando a uma escalada que não resolverá a crise de modo pacífico.