No Dia Mundial de Oração, primeiro vice-presidente da CNBB destaca importância desta prática na vida cristã e fala sobre preparação para Jubileu 2025
Gabriel Fontana
Da Redação
Nesta sexta-feira, 1º, é celebrado o Dia Mundial da Oração. A data é celebrada em mais de 170 países, na primeira sexta-feira de março, e surgiu ainda no século XIX.
Em 1887, um grupo de mulheres cristãs dos Estados Unidos e do Canadá reuniu um grupo de diferentes denominações para orarem em conjunto e compartilharem esperanças e temores, alegrias e tristezas.
Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), muitas associações femininas se uniram para fazer um dia no qual rezariam por todos aqueles que precisassem de oração. Desta forma, surgiu na década de 1920 o Comitê do Dia Mundial de Oração, celebrado até os dias atuais.
Experiência de fé
Em 2024, a Igreja Católica vive o Ano da Oração, instituído pelo Papa Francisco em preparação para o Jubileu 2025. Neste período, os católicos são chamados a redescobrir os valores da oração e suas práticas a fim de se prepararem para o tempo forte do Ano Santo que virá.
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O arcebispo de Goiânia e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom João Justino de Medeiros Silva, comenta que a vivência da fé dos cristãos é marcada pela oração. “Ela é uma experiência que nasce da profissão de fé no mistério de Deus e o modo como nos dirigimos a Ele”, acrescenta.
Proximidade com Deus
Dom João Justino ressalta que Deus é pessoal, formado por uma trindade de pessoas. Ele Se encarnou para habitar em meio aos homens e revelar-Se, tomando a palavra humana para Se comunicar, em um gesto de proximidade com a Sua criação.
Essa proximidade também é verificada ao orar. “Quando queremos nos comunicar e nos dirigir a Deus, entramos nesse exercício de diálogo da Palavra, proclamada em voz alta ou formulada em silêncio, tomamos dessas experiências para nos comunicar ao Senhor, e podemos agradecer, suplicar, louvar, bendizer a Deus, podemos ter um colóquio com o Senhor”, afirma o arcebispo.
Ele indica que a oração tem como principal benefício o aprofundamento da experiência do Senhor com Deus. “Aquele que reza aprofunda seu contato com o Senhor, colocando-se mais sensível aos apelos de Deus que se comunica conosco”, observa o religioso, recordando um princípio da tradição cristã que afirma: “o que nós rezamos é o que cremos”.
Diante disso, o arcebispo enfatiza que a vida de um cristão consiste naquilo que ele vê e reza. A oração ajuda a articular essa experiência da fé, levando o fiel à vivência a partir de ambas.
Jubileu 2025
Dom João Justino é também o coordenador da Comissão para o Jubileu 2025. Ele frisa que, durante este tempo de preparação, os católicos são chamados não somente a rezar, mas também a ajudar outras pessoas a descobrir a beleza da oração. Além disso, indica que o trabalho a ser feito envolve estimular ações ligadas ao Ano Santo nas dioceses, de acordo com as realidades locais.