Fundação Pontifícia afirmou que irá reunir o máximo de informações sobre as necessidades imediatas da Igreja local para poder direcionar adequadamente a ajuda de emergência
Da redação, com ACN
O terremoto devastador que atingiu o sul da Turquia e o norte da Síria na madrugada de segunda-feira, 6, afetou diretamente milhares de pessoas em ambos os países. Isso inclui muitas comunidades cristãs na Síria que já enfrentavam uma situação difícil após mais de uma década de guerra, perseguição e, mais recentemente, uma crise financeira incapacitante.
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Há relatos não confirmados de várias mortes entre as comunidades cristãs, e pelo menos um padre foi morto quando um prédio desabou em Aleppo. O arcebispo Jean-Clement Jeanbart escapou por pouco da morte e está no hospital.
Muitas cidades e vilas com uma população cristã significativa, como Aleppo, Homs, Lattakia e Hama foram gravemente afetadas e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) já confirmou que alguns cristãos nesses locais foram mortos ou feridos. A ACN recebeu relatos não confirmados de mortes entre famílias cristãs em Aleppo e Lattakia e relatos de pelo menos 20 feridos entre os cristãos em Hama.
Um padre entre os mortos
O padre Emad Daher morreu quando a residência do arcebispo emérito dos católicos greco-melquitas em Aleppo, Jean-Clement Jeanbart, desabou. O próprio Dom Jeanbart, antigo parceiro de projetos da ACN, escapou por pouco e atualmente está hospitalizado e estável. Outro homem cristão que estava no prédio também morreu.
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Há ainda relatos de danos estruturais em alguns edifícios, como a Catedral Siríaca Ortodoxa de São Jorge, em Aleppo, a Igreja Franciscana em Lattakia e pequenos danos no Hope Center, apoiado pela ACN, também em Aleppo.
Igreja está em choque com o terremoto
“A Igreja na Síria está chocada com a catástrofe. Mesmo em lugares tão distantes como Beirute, as pessoas saíram às ruas, preocupadas que outra explosão estivesse prestes a desestabilizar seu país. Por enquanto, a Igreja está verificando seu povo e suas famílias”, disse Regina Lynch, diretora de projetos da ACN Internacional. Ela também pediu orações por todos aqueles que foram mortos, feridos ou afetados de outra forma pelo terremoto.
O arcebispo de Homs, Jean Abdo Arbach, já comentou o terremoto, dizendo que os 30 segundos “mudou completamente a vida de milhares de pessoas”.
“Esperamos que o terremoto abra os corações das comunidades internacionais e de todos os líderes mundiais, para que ajudem a Síria. Não se esqueçam das pessoas que sofrem. Afinal, a população está em estado de absoluto desespero e angústia. Há pessoas vagando pelas ruas, sem saber para onde ir, procurando desesperadamente por familiares e amigos. Muitas pessoas morreram ou estão desaparecidas”, disse o arcebispo, que também é diretor da seção síria da Cáritas.
ACN acompanha situação
A ACN manifestou que continuará avaliando a situação. A fundação afirmou que irá reunir o máximo de informações sobre as necessidades imediatas da Igreja local. Desta forma, ela explicou que poderá direcionar adequadamente a ajuda de emergência e divulgou um canal para doações. Clique para fazer a sua doação.
Enquanto isso, os projetos da ACN, incluindo refeitórios sociais e apoio aos idosos e ao projeto médico continuarão. “É preciso ajudar a população, que agora está mais carente do que antes”, declarou a fundação.