Toda a Igreja é convida a rezar pelos cristãos perseguidos em especial neste sábado, 6 de agosto
Nathália Cassiano
Da Redação
A discriminação e a perseguição com base na crença religiosa são um fenômeno crescente em todo o mundo. Como uma maneira de se unir aos cristãos perseguidos, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) promove, anualmente, em 6 de agosto, o do Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos. Neste ano, a data está em sua oitava edição.
Com o apoio da CNBB, as organizações convidam todas as paróquias do Brasil a promoverem e chamarem as pessoas a participarem dessa corrente em favor dos cristãos que sofrem algum tipo de intolerância religiosa.
Segundo o assistente eclesiástico da ACN Brasil, Frei Rogério Lima, a instituição sempre recebe pedidos de ajuda pastoral de diversos países onde cristãos sofrem perseguição.
“A dor e o sofrimento desses nossos irmãos vítimas de perseguição são, para nós, um testemunho de redenção. Por isso, nesse dia, elevamos o nosso coração e a nossa voz para nos unirmos às vidas de tantos irmãos e irmãs no mundo inteiro, que sofrem por acreditarem e testemunharem sua fé em Cristo”, afirmou.
A ACN enviou cartazes e folhetos com a oração pelos cristãos perseguidos para todas as paróquias do Brasil. Desta forma, o pedido é que as paróquias possam falar sobre a situação de cada cristão perseguido e realizar momentos de oração, como a própria missa, o terço, a adoração Eucarística e outras iniciativas. Todo o conteúdo do Dia de Oração também está disponível on-line na página da ACN: acn.org.br
Neste ano de 2022, a mobilização em torno da data retornou com atividades presenciais, após duas edições on-line por causa da pandemia. “Representantes da ACN estarão presentes em diversas paróquias de todo Brasil para incentivar a oração pelos cristãos perseguidos”.
“Rezem por nós”
Segundo o colaborador da ACN Brasil, Rodrigo Arantes, o principal objetivo é atender ao primeiro pedido dos cristãos perseguidos: “Rezem por nós”. Rodrigo acredita que a oração de cada um pode mudar o destino dos cristãos que sofrem por viverem a sua fé.
“A ACN, como uma fundação que auxilia materialmente os cristãos que mais sofrem no mundo, está em estreito contato com as comunidades mais perseguidas e com isso comprova antes de qualquer pedido de ajuda material, o primeiro apelo que nos fazem, a oração”, relatou.
A origem da data
O Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos ocorre anualmente no dia 6 de agosto. A data é uma referência à mesma noite de agosto de 2014, quando milhares de cristãos fugiram do norte do Iraque, expulsos pelos extremistas do grupo Estado Islâmico.
A região concentrava 25% dos cristãos do país e também reunia algumas minorias muçulmanas ameaçadas. A fuga ocorreu à noite, com milhares de pessoas caminhando pelas estradas em direção às cidades de Erbil e Dohuk.
Cristãos são o grupo religioso mais perseguido no mundo
Atualmente, mais de 400 milhões de cristãos vivem em países dominados pela perseguição religiosa, que ultrapassa cada vez mais fronteiras para além do Oriente Médio e outros países da Ásia.
O continente africano tornou-se o novo epicentro do chamado terrorismo religioso, com atentados às igrejas e o sequestro frequente de sacerdotes, mulheres e meninas cristãs. Por conta de todo esse terrorismo, as pessoas temem frequentar as missas com medo de novos ataques.
A ACN enviou os cartazes para todas as paróquias do Brasil e pede a todas as pessoas de boa vontade que rezem tanto nas celebrações dos dias 6 e 7 de agosto, como em suas orações pessoais.
Sobre a ACN (Ajuda à Igreja que Sofre)
Ajuda à Igreja que Sofre é uma Fundação Pontifícia que auxilia a Igreja por meio de informações, orações e projetos de ajuda a pessoas ou grupos que sofrem perseguição e opressão religiosa e social ou que estejam em necessidade.
Fundada no ano de 1947, a ACN tornou-se uma Fundação Pontifícia da Igreja em 2011. Todos os anos, a instituição atende mais de 5 mil pedidos de ajuda de bispos e superiores religiosos em cerca de 130 países, incluindo: formação de seminaristas, impressão de Bíblias e literatura religiosa.
Assista também ao vídeo da campanha: