Assembleia Geral

Ação evangelizadora no Brasil: bispos discutirão propostas para diretrizes

Em etapa presencial da Assembleia Geral da CNBB, bispos devem refletir sobre como a pandemia e o futuro pós-pandêmico vão influenciar as diretrizes gerais da Ação evangelizadora da Igreja no Brasil

Da Redação, com CNBB

Bispos do Brasil reunidos em assembleia na 57ªAssembleia Geral da CNBB /Foto de Arquivo: Wesley Almeida

Os bispos do Brasil terão uma missão desafiadora e, ao mesmo tempo, imprescindível para a engrenagem da missão da Igreja no país. Eles vão se debruçar sobre as diretrizes da Ação evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro, durante a segunda fase da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Nesta etapa presencial, o episcopado se reunirá no Santuário Nacional de Aparecida para refletir e apresentar propostas para as próximas diretrizes gerais.

Este momento será uma continuidade do processo de escuta, iniciado na primeira etapa da Assembleia Geral, realizada em formato on-line, em abril deste ano. Na ocasião, os 19 regionais da CNBB abordaram a atualização das Diretrizes Gerais de 2019 a 2023, à luz do processo do Sínodo 2023.

O presidente da Comissão do Tema Central e arcebispo de Santa Maria (RS), Dom Leomar Antônio Brustolin, explicou que, desta escuta, surgiu a necessidade de uma reflexão sobre o tempo pandêmico e o futuro pós-pandêmico que permita, em perspectiva multidisciplinar, considerar estes aspectos nas futuras diretrizes.

“Houve destaque para os temas: ministerialidade e conselhos que permitem à Igreja, no território nacional, renovar suas estruturas para melhor evangelizar e valorizar serviços e ministérios laicais reconhecidos e instituídos (catequistas, leitores e acólitos)”, salientou.

Nesta segunda fase da Assembleia, a partir da síntese das respostas de todos os regionais, a Comissão do Tema Central pretende dar continuidade ao processo de escuta envolvendo também os Organismos do Povo de Deus. Para isso, duas questões foram enviadas previamente aos bispos: sobre a recepção das atuais Diretrizes nas (arqui)dioceses; e as considerações importantes para as futuras DGAE.

Fase de escuta e propostas

Dom Leomar explica que toda a discussão se desenrolará em três sessões durante a etapa presencial da Assembleia. Na primeira, será apresentada ao episcopado a proposta de um processo sinodal para escuta e discernimento sobre o momento atual. Após essa fase, os bispos pensarão numa proposta de Diretrizes, considerando as atuais, pois “reconhece-se que elas favorecem o espírito e o processo sinodal na Conferência Episcopal”.

“Há o entendimento por parte dos bispos de que o prazo de vigência das DGAE pode ser maior, permitindo que as Igrejas Particulares (dioceses) possam melhor assimilar suas indicações e que a própria CNBB conjugue as suas várias iniciativas pastorais”, diz dom Leomar.

Também durante a primeira sessão será aprofundada a identidade e característica das Comunidades Eclesiais Missionárias, propostas nas atuais Diretrizes. “Elas se constituem centro da atenção para a evangelização no atual contexto”, salienta Dom Leomar.

Na segunda sessão, Dom Leomar explica que se continuará o processo de escuta, propondo que os regionais da CNBB e os Organismos do Povo de Deus expressem-se sobre a recepção das atuais Diretrizes e ofereçam considerações sobre as futuras. Já na terceira ocorrerá a apresentação da síntese da escuta dos grupos e se proporá, segundo dom Leomar, uma mensagem à Igreja no Brasil, para comunicar às comunidades eclesiais sobre os próximos passos em preparação às Diretrizes.

Outras temáticas

Ao longo dos dias de encontro, os bispos também aprofundarão o tema central “Igreja Sinodal – Comunhão, Participação e Missão”. Essa segunda fase da 59ª Assembleia Geral da CNBB será dedicada, ainda, à votação dos temas que, estatutariamente, exigem a presença do episcopado, como as atualizações no Estatuto da CNBB, o Novo Missal, o Ministério do Catequista e Estudo nº 114 cujo título é: “E a Palavra habitou entre nós” (Jo 1,14): Animação Bíblica da Pastoral a partir das comunidades eclesiais missionárias”.

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