Giampietro Dal Toso, Secretário Adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos, fala sobre o significado do trabalho missionário, especialmente nestes dias pandêmicos
Da redação, com Agência Fides
Giampietro Dal Toso, Secretário Adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos / Foto: Reprodução Youtube
“O significado profundo do Dia Mundial das Missões (ADM) é mantê-lo em todos os batizados. Neste momento histórico, o elemento da universalidade da Igreja, que diz respeito ao mundo inteiro, ganha mais força. Como humanidade vive no tempo da pandemia, é possível compreender quão profundamente estamos ligados uns aos outros. O Dia Mundial das Missões, a nível eclesial, quer ajudar a manter vivo o elemento da universalidade da fé: ninguém acredita sozinho, nós estão todos ligados pela fé em Cristo, independentemente de onde vivamos ”. É o que afirma Dom Giampietro Dal Toso, Secretário Adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos e Presidente das Pontifícias Obras Missionárias (POM), a respeito do Dia Mundial das Missões, que será celebrado no próximo domingo, 18.
O Arcebispo afirma: “Estamos gratos ao Papa porque, em sua mensagem, intitulada ‘Aqui estou, envia-me’, o Santo Padre destaca o aspecto da responsabilidade e da resposta de cada batizado, sublinhando que o aspecto vocacional nunca falha. Precisamos de pessoas que dediquem a vida ao anúncio do Evangelho e, em particular, à missão ad gentes. Esperamos e rezamos para que o Espírito Santo desperte nos jovens uma vocação específica para o anúncio do Evangelho. Peçamos em nossas orações pelas missões sempre novos ‘trabalhadores para a vinha do Senhor’, que estejam prontos a dar a vida por Ele”, afirma o religioso.
Um aspecto importante é o crescimento do número de missionários leigos e de famílias missionárias. “É um fato muito reconfortante, não só do ponto de vista numérico, mas sobretudo porque indica que todos — e não só os sacerdotes e as pessoas consagradas — sentem-se responsáveis pela missão evangelizadora da Igreja”.
O padre Dal Toso relata o seguinte episódio: “Na semana passada, a Direção das POM de Viena premiou alguns missionários. Dos três, duas eram famílias missionárias. Existem grandes realidades dentro da Igreja que enviam famílias em missão, porque a própria família dá testemunho de fé e evangeliza. Este é um aspecto importante porque cumpre o que foi dito no lema do Mês Missionário Extraordinário, celebrado no ano passado: “Batizados e Enviados”. É o batismo que nos faz cristãos e, enquanto cristãos, somos testemunhas e anunciadores de Cristo”, pondera.
O Dia Missionário Mundial é também o momento de arrecadação de fundos globais que são destinados ao Fundo de Solidariedade Universal, por meio do qual as Pontifícias Obras Missionárias apóiam as Igrejas mais jovens. “A coleta universal faz parte do Dia Mundial das Missões. À oração pelas missões acrescenta-se o aspecto caritativo. Como toda alma precisa de um corpo, as igrejas precisam de estruturas e de pessoal e isso exige um compromisso econômico. Recentemente, o Papa instalou nas Pontifícias Obras Missionárias um fundo especial a favor das jovens Igrejas afetadas pelo Covid-19. Apesar das dificuldades deste momento histórico, apelamos à generosidade dos fiéis. Graças ao empenho das Diretrizes Nacionais das Pontifícias Obras Missionárias, será possível ir além da coleta dominical e utilizar, por exemplo, formas e métodos de doações econômicas pela Internet”, finaliza.
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