ORIENTE MÉDIO

“A Igreja e o cristianismo devem trabalhar para construir a paz”, diz cardeal

Em entrevista à mídia vaticana, o patriarca de Antioquia dos Maronitas, Cardeal Béchara Boutros Raï, falou sobre situação do Oriente Médio

Da Redação, com Vatican News

Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Cardeal Béchara Boutros Raï / Foto: Reprodução Vatican News

Em meio aos preparativos para a 57ª Assembleia dos Bispos e Patriarcas Católicos do Líbano, o patriarca de Antioquia dos Maronitas, Cardeal Béchara Boutros Raï, concedeu uma entrevista à mídia vaticana. Entre os assuntos abordados, ele falou sobre o estado de saúde do Papa Francisco e a situação do Oriente Médio.

O cardeal expressou a preocupação da Igreja no Líbano com sua missão eclesial e com o país. “O Líbano separa religião e Estado, (…) e é por isso que a Igreja pode realizar sua missão em nível eclesial e nacional. Obviamente, não é que ela entre nas questões, mas ela as aborda e julga a vida econômica e política do país, sem estar na prática”, afirmou.

Uma dessas questões é a dos migrantes, que, segundo Raï, correspondem à metade da população do país. “Um milhão e meio de refugiados no Líbano são sírios, e meio milhão são palestinos”, pontuou:

“Estamos sempre apelando à comunidade internacional e à Síria para o retorno dos refugiados. Certamente, para sermos práticos, o retorno pode ser garantido quando – esperamos – a reconstrução da Síria começar. Se não houver reconstrução da Síria, eles serão forçados a permanecer no Líbano, mas isso é um grande fardo econômico, um grande fardo nacional, político e comercial para o país. Vivemos por milagre, podemos dizer”.

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Paz e saúde do Papa

Na sequência, o patriarca foi perguntado sobre a paz. Em sua resposta, o cardeal declarou que “a paz é a totalidade de todos os bens que o Senhor concede aos povos e às nações” e que ela está entre as obras dos homens porque, quando Jesus nasceu, eles cantaram: ‘Glória a Deus no céu e na terra’. Portanto, a Igreja e o cristianismo devem trabalhar para construir a paz”.

Por fim, em relação ao Papa Francisco e ao seu estado de saúde atual, Raï salientou a força da oração. “Nós rezamos por ele em público e rezamos pessoalmente. Reza todo o patriarcado, cada um de nós, onde quer que esteja. Que o Senhor o ajude, que Ele o cure, que possa suportar essa situação que sentimos ser grave. Esperamos que tudo corra bem”, concluiu.

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