Virtual e presencial

59ª Assembleia Geral: CNBB dividirá reunião em duas etapas

Assembleia Geral da CNBB neste ano será dividida em duas etapas: a primeira on-line, na próxima semana; e, a seguinte presencial, no início do segundo semestre

Thiago Coutinho
Da redação

Dom Joel Portella Amado, bispo-auxiliar do RJ e secretário-geral da CNBB / Foto: Reprodução CNBB

O Episcopado brasileiro se prepara para organizar a 59ª edição da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).  A primeira parte será realizada de 25 a 29 de abril, e a segunda etapa está prevista para o segundo semestre, mais precisamente de 29 de agosto a 2 de setembro.

Alguns pormenores cercam esta edição da Assembleia. A primeira parte será feita estritamente em caráter virtual. Já a segunda será realizada em modo presencial, como já era de costume. Por conta das medidas sanitárias ainda restritas no ano passado impostas pela pandemia, a direção da CNBB optou por este modelo misto.

“Uma assembleia é planejada com grande antecedência. Quando começamos a planejar a 59ª, o contexto ainda inspirava insegurança. Além disso, como os bispos deverão viajar para as visitas Ad Limina [visitas periódicas, geralmente a cada cinco anos, que a Conferência Episcopal faz a Roma], é importante que fiquem mais tempo em suas dioceses”, explica Dom Joel Portella Amado, bispo-auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB.

Como muitos assuntos precisam ser definidos de maneira presencial, os bispos e o Santuário de Aparecida, onde geralmente acontece a reunião presencial (no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida) chegaram às datas entre agosto e setembro para este segundo momento da reunião do episcopado brasileiro. “Foram, desse modo, vários fatores a determinar o modo de proceder na 59ª AGO”, disse Dom Joel. 

Macrorregiões

Na segunda etapa da Assembleia, entre agosto e setembro, as escutas feitas pela CNBB envolverão cinco macrorregiões brasileiras. No entanto, não há, segundo Dom Joel, previsão de escuta específica dos blocos de regionais para a etapa presencial da 59ª AGO.

“As escutas por blocos têm sido uma prática muito fecunda, independente, porém, das Assembleias. A atual presidência da CNBB tem feito essas escutas quando se trata de temas importantes ou urgentes, além de possibilitar maior interação da presidência com o episcopado”, observou.

A reformulação do missal também será discutida na segunda parte da Assembleia. Dom Joel informou que as orações eucarísticas e as orações sobre o povo serão os principais temas debatidos.

Entre os temas em discussão, também devem aparecer as próximas eleições em outubro. Os integrantes do Conselho Permanente colocaram em pauta diversos temas sobre o que poderá ou não ser discutido tento em vista o pleito de 2022. 

“Está sendo reservado um bom tempo para isso, envolvendo, por exemplo, a análise de conjuntura social e outros aspectos”, pontua Dom Joel. “As eleições não serão o tema central, mas serão um dos temas importantes já agora na etapa virtual da 59ª AGO. Como feito em todas as Assembleias em cujo ano acontecem eleições no Brasil, este será um dos temas”, reitera. 

Entre as diversas sugestões apresentadas para este tema, a CNBB espera que a Igreja apresente um contato mais próximo com o mundo político e que leigos possam ser formados para atuarem neste braço específico do espaço público.

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