Migração e diálogo

36ª Semana do Migrante termina neste sábado, Dia Mundial do Refugiado

“Quem bate à nossa porta?” foi a reflexão proposta para essa Semana do Migrante, que começou no último domingo, 13

Da Redação, com CNBB

Termina, neste sábado, 20, Dia Mundial do Refugiado, a 36ª Semana do Migrante, sobre o tema “Migração e diálogo”. O lema adotado apresenta um questionamento bíblico: “Quem bate à nossa porta?”.

A Semana começou no último domingo, 13, e convida a ser uma Igreja em saída, com atenção e solidariedade aos migrantes. O período de reflexão acontece anualmente sob realização da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM).

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O material base foi organizado a partir do método “Ver” (com os rostos e as histórias que se refletem em estatísticas os fluxos migratórios). Já o “Julgar” convida, à luz dos textos bíblicos, à promoção da migração em diálogo. O “Agir” acena sobre a necessidade de ir além e abrir-se a quem bate à porta.

“Não basta o reconhecimento da pluralidade; não basta a coexistência pacífica com o diferente; não basta o diálogo. O conceito de compromisso tem a ver com um programa de atividades centradas nas causas dos migrantes e refugiados. Aqui estão em jogo as ações sociopastorais e os atores”, sugere o Texto Base.

Atividades ao longo da semana

Atividades on-line e presenciais acontecem em todos o país. A diocese de Roraima, por exemplo, preparou uma extensa programação por meio da Articulação dos Serviços aos Migrantes. Este é uma rede que reúne serviços, organismos eclesiais e pastorais.

A programação começou com missa de abertura no domingo passado na Catedral Cristo Redentor e segue até amanhã, 20, Dia Mundial do Refugiado. Dentre as atividades presenciais estão, por exemplo, serviços de saúde. Toda a programação alusiva à Semana do Migrante está disponível no site da diocese de Roraima e também poderá ser acompanhada nas redes sociais.

“Mesmo que as estatísticas apontem números cada vez mais alarmantes de migrantes e refugiados atravessando as fronteiras diariamente, essa questão não se trata apenas de números. São rostos, são vidas, histórias de superação em busca do básico para manter alimentação e saúde, em muitos casos, buscando o mínimo para sobreviver”, explicou o bispo de Roraima, Dom Mario Antonio, 2º vice-presidente da CNBB.

Dom Mario, que também é presidente da Cáritas Brasileira, fez um grande apelo à sociedade roraimense e convidou todos a vivenciar a 36ª Semana do Migrante, neste tempo de pandemia, com o olhar misericordioso a quem bate à nossa porta.

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