O Vaticano publicou a Carta Apostólica “Desenhar Novos Mapas de Esperança”, do Papa Leão XIV. O documento foi anunciado neste 28 de outubro, data em que a Igreja celebra os 60 anos da Declaração Conciliar Gravissimum Educationis, sobre a educação cristã.
Reportagem de Wallace Andrade
Imagens Reuters
Em sua carta apostólica, Papa Leão XIV levanta questões importantes do ensino no mundo, entre elas, a educação cristã interpelada frente à dura realidade de milhões de crianças sem acesso à educação primária.
O Santo Padre questiona as dramáticas emergências educacionais causadas por guerras, migrações, desigualdades e diversas formas de pobreza. E afirma: Carismas educativos não são fórmulas rígidas. No documento, Leão XIV nos convida a utilizar sempre os carismas educativos como resposta original às necessidades de cada época.
Sem esquecer o legado de Santo Agostinho, o Pontífice menciona contribuições que amadureceram ao longo dos séculos, desde o monarquismo às ordens mendicantes. O sucessor de Pedro fez questão de recordar em sua carta apostólica o compromisso histórico de São João Bosco com o seu método preventivo.
Ao citar o professor, o aluno, a família, o Papa enfatiza a importância do nós, reiterando que ninguém educa sozinho. Escreve que educar é uma tarefa de amor e o ensino é uma profissão de promessas, de tempo e misericórdia. E alerta que uma pessoa não é um perfil de competências, não se limita a um algoritmo previsível, mas um rosto, uma história, uma vocação, não mede o valor da educação apenas pelo eixo da eficiência, mas pela dignidade, justiça e capacidade de servir ao bem comum.
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