Antes de rezar o Angelus neste domingo, 7, Leão XIV refletiu sobre o Evangelho do dia (Mt 3,1-12) e exortou os fiéis a se prepararem para a vinda do Reino de Deus
Da Redação, com Vatican News

Papa Leão XIV acena para fiéis reunidos na Praça São Pedro / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect
De uma das janelas do Palácio Apostólico no Vaticano, o Papa Leão XIV rezou o Angelus junto aos fiéis reunidos na Praça São Pedro neste domingo, 7.
Em sua fala antes da tradicional oração mariana, o Pontífice refletiu sobre o Evangelho do dia (Mt 3,1-12), que apresenta João Batista. Ele pregava no deserto da Judeia, anunciando a vinda do Reino de Deus e exortando todos a se converterem.
O Santo Padre observou que, na oração do Pai-Nosso, pede-se que “venha a nós o Vosso Reino”. “Com esta invocação, orientamo-nos para o Novo que Deus tem reservado para nós, reconhecendo que o curso da história não é algo já determinado pelos poderosos deste mundo. Colocamos os nossos pensamentos e energias ao serviço de um Deus que vem reinar não para nos dominar, mas para nos libertar”, explicou.
Leão XIV reconheceu que o tom de João Batista é severo, “mas o povo ouve-o porque nas suas palavras ouve ressoar o apelo de Deus para não brincar com a vida, para aproveitar o momento presente para se preparar para o encontro com Aquele que não julga com base nas aparências, mas nas obras e nas intenções do coração”.
Acolher o Reino de Deus
Posteriormente, o próprio João Batista ficará surpreso com a forma como o Reino de Deus se manifestará em Jesus Cristo: na mansidão e na misericórdia. “O profeta Isaías compara-o a um rebento: uma imagem não de poder ou destruição, mas de nascimento e novidade. Sobre o rebento, que brota de um tronco aparentemente morto, começa a soprar o Espírito Santo com os seus dons”, acrescentou o Papa.
Tal experiência, acrescentou o Pontífice, foi o que a Igreja viveu no Concílio Vaticano II, cuja conclusão completa 60 anos: “uma experiência que se renova quando caminhamos juntos em direção ao Reino de Deus, todos ansiosos por acolhê-lo e servi-lo”.
Com isso, não só brotam realidades que pareciam fracas ou marginais, mas realiza-se o que humanamente se diria impossível. Nas palavras do próprio profeta Isaías, “o lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o novilho e o leão comerão juntos, e um menino os conduzirá” (Is 11,6).
“Irmãs e irmãos, como o mundo precisa desta esperança”, expressou Leão XIV. “Nada é impossível para Deus. Preparemo-nos para o seu Reino, acolhamo-lo. O menino, Jesus de Nazaré, guiar-nos-á! Ele, que se colocou nas nossas mãos, desde a noite do seu nascimento até à hora sombria da morte na cruz, brilha sobre a nossa história como o Sol nascente. Um novo dia começou: despertemos e caminhemos na sua luz”.
Esta é a espiritualidade do Advento, frisou o Papa. “As luzes ao longo das ruas lembram-nos que cada um de nós pode ser uma pequena luz, se acolher Jesus, rebento de um mundo novo”, concluiu.




