FRANÇA

Papa aos escoteiros: sigam em frente sem perder a esperança

Em mensagem enviada ao encontro “Clameurs!”, na França, Leão XIV incentiva a juventude a assumir protagonismo ecológico e cristão

Da Redação, com Vatican News

Foto: Maël BALLAND by Unsplash

Nesta segunda-feira, 28, o Papa Leão XIV dirigiu uma mensagem aos escoteiros que participaram do encontro Clameurs, na França, e incentivou os jovens a escutarem, com atenção, o grito da criação.

“Vocês decidiram se reunir e refletir sobre um mundo mais justo e sustentável, como eco dos clamores que se elevam da Terra”, escreveu o Papa no início do texto, expressando sua alegria por ver o escotismo sendo colocado a serviço das causas sociais e ambientais. Em seguida, destacou que a juventude, com sua criatividade e entusiasmo, tem um papel essencial na transformação da sociedade.

Crise ambiental e educação ecológica

Ao reforçar o tema da urgência ecológica, Leão XIV afirmou que a consciência humana é fortemente interpelada diante de problemas como poluição, mudanças climáticas, perda da biodiversidade e desigualdade global.

Frente a esse cenário, o Pontífice defendeu uma ampla educação ecológica e uma conversão interior que leve a um novo modo de vida em comunhão com o meio ambiente. “Diante da poluição e das mudanças climáticas, da perda da biodiversidade, da deterioração da vida e do declínio social, das desigualdades em nível global, da escassez de água potável e do acesso à energia para muitos povos, uma educação ecológica se torna necessária para todos, a fim de inverter a ordem das coisas”, expressou.

Jovens como embaixadores da paz

O Papa encorajou os jovens a se tornarem embaixadores da fraternidade e da paz, valorizando a diversidade cultural, social e geracional que marca o movimento escoteiro.

Em referência à Carta de São Paulo aos Efésios, o Santo Padre exortou os participantes a construírem um mundo pacificado com as armas do cristão: a fé, a verdade, a justiça e o Evangelho da paz (Ef 6,10-17). “Agora vocês são consagrados, incumbidos de testemunhar sua fé no mundo, de serem agentes de mudança e de esperança na sociedade. Essa é a responsabilidade de um discípulo ativo de Cristo, comprometido com o anúncio do Evangelho e o amor ao próximo. No entanto, tudo isso só é possível por meio de uma vida de oração e amizade com Deus”, afirmou.

Esperança

Por fim, o Pontífice fez um apelo de esperança. “Encorajo vocês a seguirem em frente sem perder a esperança, sem se desencorajar e sem ceder ao pessimismo. Saibam que cada um de vocês é único na criação, amado de forma pessoal pelo Senhor. Nunca deixem de acreditar em um mundo melhor e no advento de uma verdadeira civilização do amor. Como dizia o Papa Francisco: sejam também vocês construtores de pontes entre as gerações, as culturas e os povos”, concluiu.

 

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