Leão XIV recebeu em audiência organizadores e artistas do Concerto com os Pobres que acontecerá neste sábado, 6
Da Redação, com Vatican News

Foto: Maria Grazia Picciarella / SOPA Images via Reuters Connect
O Papa Leão XIV se encontrou nesta sexta-feira, 5, com organizadores e artistas que animarão o Concerto com os Pobres. O evento será realizado neste sábado, 6, na Sala Paulo VI.
“É com grande alegria que os encontro hoje, na véspera da sexta edição do Concerto com os Pobres. Esta feliz intuição do Papa Francisco está se tornando uma bela tradição, que se insere no contexto da preparação para o Santo Natal, em que celebramos o Senhor Jesus Cristo que se torna próximo e pobre por nós”, expressou o Pontífice.
Citando a carta encíclica Deus caritas est, publicada pelo Papa Bento XVI em 2005, o Santo Padre explicou que, no Natal, o próprio Deus vai ao encontro da humanidade sofredora e perdida. “Deus que se faz criança, que se confia aos cuidados de pais humanos, que se oferece a cada um de nós, é o ícone do amor divino que vem nos salvar”, ressaltou.
Essa solicitude divina, prosseguiu Leão XIV, é também um modelo para cada ser humano e deve guiar as ações do cristão. “Olhando para Ele, podemos aprender a amar como Ele nos amou; podemos descobrir que o mandamento do amor responde às nossas necessidades mais autênticas, porque é quando amamos que nos realizamos verdadeiramente”, afirmou.
Dignidade humana
Diante disso, o Papa indicou que a maneira correta de ver o concerto é interpretando-o como uma oportunidade para amar os mais pobres e frágeis. “Não é apenas uma exibição de bons artistas ou um simples festival musical, nem mesmo um momento de solidariedade para acalmar nossa consciência diante das injustiças da sociedade”, salientou.
O Pontífice pediu aos cerca de 150 organizadores e artistas que tenham em mente as palavras de Cristo: “Tudo o que fizeram a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizeram” (Mt 25,40). De fato, “se amamos concretamente quem tem fome e sede, quem não tem o que vestir, quem está doente, quem é estrangeiro, quem está preso, estamos amando o Senhor”, disse o Santo Padre.
“A dignidade dos homens e das mulheres não se mede pelo que possuem”, prosseguiu Leão XIV. “Nós não somos nossos bens e pertences, mas sim filhos amados de Deus; e esse mesmo amor deve ser a marca do nosso agir em relação ao próximo. Por essa razão, em nosso concerto, os irmãos e irmãs mais frágeis ocupam os primeiros lugares”.
“Por favor, cantem bem!”
Mencionando Santo Agostinho, o Papa lembrou o papel importante da música na experiência cristã, em particular na liturgia. A quarta arte, argumentou, não é “um simples fundo musical”, mas deve “elevar o espírito para conduzi-lo o mais próximo possível do mistério que se celebra”.
“Permitam-me, portanto, irmãos e irmãs, uma brincadeira: por favor, cantem bem amanhã! Cantem e toquem com arte e, acima de tudo, com o coração, porque a música pode realmente representar uma forma de amor, uma via pulchritudinis que conduz a Deus”, manifestou o Pontífice.
O Santo Padre recordou ainda a saudação aos promotores e artistas proferida há exatamente um ano pelo Papa Francisco, que convidava a ver a beleza como um dom de Deus. Por fim, agradeceu a todos que estão trabalhando para o sucesso do concerto.




