No texto do Angelus, preparado pelo Papa para este domingo, Francisco destaca a parábola onde Jesus revela o coração de Deus, sempre misericordioso
Da redação, com Vatican News
A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o texto do Angelus do Papa Francisco deste domingo, 30. O Santo Padre segue em recuperação na Casa Santa Marta, no Vaticano, após receber alta do Hospital Gemelli há uma semana.
Em sua mensagem aos fiéis, Francisco recorda que, no Evangelho deste domingo, “Jesus percebe que os fariseus, em vez de ficarem felizes porque os pecadores se aproximam dele, ficam escandalizados e murmuram pelas costas”.
“Então, Jesus lhes conta a história de um pai que tem dois filhos: um sai de casa, mas, depois, tendo acabado na pobreza, volta e é acolhido com alegria; o outro, o filho “obediente”, indignado com o pai, não quer entrar na festa”, escreve o Papa.
Francisco explica que, nesta parábola, Jesus revela o coração de Deus: “sempre misericordioso para com todos. Ele cura nossas feridas para que possamos amar uns aos outros como irmãos.”
Ser instrumento de cura
“Vivamos esta Quaresma, especialmente o Jubileu, como um tempo de cura”, disse o Papa aos fiéis. “Eu também estou vivendo isso, na alma e no corpo. Por isso, agradeço de coração a todos aqueles que, à imagem do Salvador, são instrumentos de cura para os outros com suas palavras e com seu conhecimento, com o carinho e com a oração.”
Segundo o Papa, “a fragilidade e doença são experiências que nos unem a todos; razão ainda maior, porém, somos irmãos na salvação que Cristo nos doou”.
Continuar rezando pela paz
Em sua mensagem, o Papa pediu que os fiéis continuem a rezar pela paz na martirizada Ucrânia, na Palestina, em Israel, no Líbano, na República Democrática do Congo e em Mianmar, que também sofre após o terremoto que atingiu o país na última sexta-feira, 28.
O Papa acompanha “a situação no Sudão do Sul com preocupação” e renovou seu “sincero apelo a todos os líderes para que façam todos os esforços para reduzir a tensão no país”.
“É preciso deixar de lado nossas divergências e, com coragem e responsabilidade, sentar à mesa e iniciar um diálogo construtivo. Somente assim será possível aliviar o sofrimento do amado povo sul-sudanês e construir um futuro de paz e estabilidade.” Francisco recorda que, “no Sudão, a guerra continua causando vítimas inocentes”.
Exorto as partes em conflito a colocarem a proteção da vida de seus irmãos civis em primeiro lugar; e espero que novas negociações sejam iniciadas o mais breve possível, capazes de garantir uma solução duradoura para a crise. A Comunidade internacional deve aumentar seus esforços para enfrentar essa terrível catástrofe humanitária.
Francisco recorda também que há fatos positivos, como “a ratificação do Acordo sobre a delimitação da fronteira entre o Tajiquistão e o Quirguistão, que representa um excelente resultado diplomático. Encorajo ambos os países a continuarem neste caminho”.
O Papa conclui o texto, pedindo a Maria, Mãe de Misericórdia, que “ajude a família humana a se reconciliar na paz”.
Reportagem do vídeo acima de Danubia Gleisser e Leonardo Vieira