Francisco visita Genebra nesta quinta-feira, uma peregrinação ecumênica por ocasião dos 70 anos do Conselho Ecumênico das Igrejas
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
O caminho da divisão leva a guerras e destruições; Deus pede o caminho de comunhão, que leva à paz. Esta foi a reflexão do Papa Francisco ao participar, nesta quinta-feira, 21, da Oração Ecumênica na sede do Conselho Mundial de Igrejas, em Genebra, na Suíça.
Francisco realiza hoje uma peregrinação ecumênica à cidade suíça por ocasião dos 70 anos do Conselho Ecumênico das Igrejas. “Desejei vir aqui, peregrino em busca de unidade e de paz”, disse o Papa, destacando que “caminhar juntos” para os cristãos não é uma estratégia, mas um ato de obediência a Deus e de amor pelo mundo.
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O Santo Padre lembrou que o homem é um ser a caminho, mas caminhar requer disciplina e causa cansaço, demanda paciência, treinamento diário, também a renúncia de alguns caminhos em prol daquele que conduz à meta. “É por isso que muitos desistem, preferindo a tranquilidade doméstica, onde pode cuidar comodamente dos seus negócios sem se expor aos riscos da viagem”.
“O ecumenismo pôs-nos em movimento segundo a vontade de Jesus e poderá avançar se, caminhando sob a guia do Espírito, recusar toda a reclusão autorreferencial”, destacou.
Após tantos anos de empenho ecumênico, Francisco rezou, neste 70º aniversário do Conselho, para que o Espírito Santo revigore esse passo. “Que as distâncias não sejam desculpas! É possível, já agora, caminhar segundo o Espírito. Rezar, evangelizar, servir juntos: isto é possível e agradável a Deus. Caminhar juntos, rezar juntos, trabalhar juntos: eis a nossa estrada-mestra de hoje”.
O Santo Padre pediu, por fim, que os cristãos possam caminhar juntos, com mais vigor, nos caminhos do Espírito Santo. “Que a Cruz nos sirva de orientação no caminho, porque lá, em Jesus, foram abatidos os muros de separação e foi vencida toda a inimizade: lá compreendemos que, apesar de todas as nossas fraquezas, nada poderá jamais separar-nos do seu amor”, concluiu.
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