Viagem a Moçambique

Papa se encontra com religiosos na Catedral da Imaculada

Em seu segundo dia de viagem, na Catedral da Imaculada Conceição, Francisco se encontrou com bispos, consagrados e demais religiosos

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco participa de encontro com o clero na Catedral de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Maputo / Foto: Yara Nardi – Reuters

Nesta quinta-feira, 5, em Maputo, o Papa Francisco deu sequência a sua 31ª viagem apostólica e, na Catedral da Imaculada Conceição, encontrou-se com bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, consagrados e seminaristas, catequistas e animadores.

Atentamente, Francisco ouviu cada um dos religiosos moçambicanos, cujos discursos foram centrados no diálogo inter-religioso, o materialismo exacerbado e indagações ao Santo Padre de como viver uma vida genuinamente cristã em meio a tantas dificuldades. Uma escultura foi dada de presente ao Papa pelos presentes.

“Perante a crise de identidade sacerdotal, talvez tenhamos de sair dos lugares importantes e solenes; temos de voltar aos lugares onde fomos chamados, onde era evidente que a iniciativa e o poder eram de Deus”, disse o Sucessor de Pedro em seu discurso aos presentes.

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O Papa pediu para que todos os fiéis fiquem atentos às suas rotinas religiosas e não deixem que a práxis diária desvie o objetivo de servir a Deus e ao próximo. E ressaltou a força que todos os sacerdotes e religiosos têm. “Às vezes, sem querer, sem culpa moral, habituamo-nos a identificar a nossa atividade cotidiana de sacerdotes com certos ritos, com reuniões e colóquios, em que o lugar que ocupamos na reunião, na mesa ou na aula é de hierarquia; parecemo-nos mais com Zacarias do que com Maria”, ponderou.

Ainda em seu discurso, Francisco destacou o sentimento de compaixão e o quanto a Igreja moçambicana deve fortalecer isso junto a seus fiéis. “Não podemos correr atrás daquilo que redunda em benefícios pessoais; os nossos cansaços devem estar mais relacionados com a nossa capacidade de compaixão: são compromissos nos quais o nosso coração estremece e se comove”, advertiu.

Nossa função: evangelizar

Ao final de seu discurso, Francisco fez questão de ressaltar a função da Igreja contemporânea: evangelizar, a Igreja que vai ao encontro do mundo. “Hoje, também nos falou uma catequista, uma mulher moçambicana que nos recordou que nada vos fará perder o entusiasmo de evangelizar, de cumprir o vosso compromisso batismal. E, nela, estão todos os que saem ao encontro dos seus irmãos: tanto os que visitam como Maria, como os que, deixando-se visitar, aceitam de bom grado que o outro os transforme, compartilhando a sua cultura, os seu modo de viver a fé e exprimi-la”, disse.

O Santo Padre ainda fez uma oração pelas vocações após seu discurso.

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