Os Cardeais William Goh, John Ribat e Virgilio do Carma da Silva comentam a vindoura visita de Francisco à Ásia e Oceania, nesta que será sua 45ª viagem apostólica internacional
Da redação, com Vatican News
A história da Igreja em Singapura está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento do país. Até os anos 1800, Singapura era uma ilha habitada por pescadores. Sua localização estratégica na ponta da península malaia fez com que despertasse o interesse de muitos reinos regionais, incluindo Java, Sião, Índia e Malaca.
Após a colonização britânica em 1819, o primeiro padre católico chegou a Singapura em 1821. O padre Laurent Imbert — um missionário francês que se tornaria santo após seu martírio na Coreia — descobriu católicos que já viviam na ilha. Depois disso, missionários franceses e portugueses chegaram e ministraram em Singapura, plantando as sementes para que a fé e a Igreja crescessem.
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Hoje, a Igreja em Singapura apoia 395 mil católicos com suas 29 igrejas paroquiais, três igrejas devocionais, 53 escolas, 47 organizações humanitárias e duas instituições de saúde. Além de anunciar as boas novas de Jesus Cristo, a Igreja continua a contribuir para a coesão social de Singapura por meio da participação ativa no diálogo inter-religioso, bem como na formação da fibra moral de nossa sociedade, defendendo os valores familiares e a dignidade da vida.
“Outro atributo único sobre a Igreja em Singapura é seu profundo relacionamento com outras religiões no país”, disse o Cardeal William Goh. “Aqui, o diálogo inter-religioso foi além da mera tolerância ou respeito à fé de cada um. Em vez disso, nós nos consideramos primeiro como amigos e tomamos medidas ativas e intencionais para promover amizades, assim como Jesus fez. Nós nos fazemos presentes nas celebrações religiosas uns dos outros”.
Uma luz de esperança
A visita do Papa Francisco a Port Moresby será um grande evento. A diocese é dividida em 22 paróquias: 19 estão na cidade e as outras estão em áreas rurais. Há um total de cerca de 500 mil habitantes.
“Os Missionários do Sagrado Coração de Jesus, dos quais sou membro, chegaram à Papua Nova Guiné em 1882. Eles começaram a primeira paróquia em Rabaul naquele ano. Então, três anos depois, em 1885, os missionários chegaram à Ilha Yule. Muitos deles eram da França, mas também havia missionários alemães, americanos, italianos, espanhóis e suíços. Eles fizeram um ótimo trabalho e, desde então, a Igreja local cresceu”, disse o cardeal John Ribat.
Segundo o prelado de Papua-Nova Guiné, os fiéis aguardam ansiosos a visita do Bispo de Roma. “Seja qual for o caso, os fiéis farão todos os esforços para encontrar o Papa. É por isso que estamos tentando organizar a acomodação das pessoas que estão chegando. Usaremos nossas escolas e paróquias para hospedá-las”, disse.
Como Bispos de Papua Nova Guiné e das Ilhas Salomão, os religiosos terão uma audiência com o Santo Padre no sábado, 7, juntamente com padres, diáconos, homens e mulheres consagrados, seminaristas e catequistas.
Vínculo inquebrável entre fé e cultura
O Cardeal Virgílio do Carmo da Silva, Arcebispo de Díli, disse que a visita do Sucesso de Pedro ao Timor-Leste trará esperança aos fiéis cristãos e os colocará no caminho da inculturação do Evangelho na sua sociedade.
“Os fiéis católicos de Timor-Leste esperam há muito tempo a visita do Papa Francisco”, assegura o bispo. “A alegria permeia as ruas desta pequena nação, que foi colônia portuguesa até 1975, e depois ocupada pelos militares indonésios até 1999. Em 2002, tornou-se uma nação soberana, com uma população majoritariamente católica”, explicou.
O prelado revelou ainda que os fiéis ficaram eufóricos quando a viagem do Santo Padre foi anunciada em abril. O Papa Francisco será o segundo Pontífice a visitar o país, depois de João Paulo II, que viajou ao Timor-Leste em 12 de outubro de 1989. Na época, porém, o país ainda era uma província da Indonésia.