Liturgia

Tríduo e Via-Sacra do Papa foram repensadas visando fiéis em isolamento

Celebrações da Quinta-Feira e Sexta-feira Santa, e as Missas da Vigília e do Domingo de Páscoa serão mais sóbrias e terão apenas o essencial; fiéis poderão acompanhar o Papa pelos meios de comunicação

Da redação, com Vatican News

Papa durante celebração da Semana Santa 2019/ Foto: Daniel Ibanez – CNA

Tudo será mais sóbrio e essencial. O Departamento de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice teve de organizar rapidamente as celebrações papais que Francisco está prestes a presidir sem a presença dos fiéis, numa Basílica de São Pedro semivazia. No entanto, nesta Páscoa muitos olharão para o Papa graças aos meios de comunicação. De fato, o Papa quer estar próximo de muitas pessoas impossibilitadas de irem à Missa e participar das liturgias desse Tríduo Pascal em tempos de pandemia e isolamento forçado. O crucifixo de São Marcelo e o ícone da Salus Populi Romani, que acompanharam a oração de 27 de março, e a Missa do Domingo de Ramos estarão sempre presentes.

Na Quinta-feira Santa, o Papa não presidirá a Missa do Crisma com os sacerdotes da Diocese de Roma: a celebração será realizada após o término da crise. A Missa na Ceia do Senhor, que recorda a instituição da Eucaristia, será celebrada às 18h (hora italiana), 13h no horário de Brasília, no Altar da Cátedra, sem o rito tradicional do Lava-pés e não se concluirá com a reposição do Santíssimo no final da celebração.

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Haverá dois momentos na Sexta-feira Santa. O primeiro é a Liturgia da Paixão e da Adoração da Cruz, às 18h (13h no horário de Brasília), na Basílica de São Pedro. O crucifixo de São Marcelo será coberto. Haverá uma meditação do pregador da Casa Pontifícia, frei Raniero Cantalamessa, e depois o crucifixo será descoberto. Haverá adoração, mas não o beijo na cruz.

Na noite da Sexta-feira Santa, às 21h (16h de Brasília), haverá a Via-Sacra na Praça São Pedro, com as estações ao longo da colunata, ao redor do obelisco e ao longo do percurso que leva ao adro. Dois grupos levarão a cruz. Haverá dois detentos do cárcere “Due Palazzi” de Pádua (as meditações foram escritas por alguns deles) e alguns médicos e enfermeiros do FAS (Fundo de Assistência Médica Vaticana). Médicos e enfermeiros estão na vanguarda do serviço aos doentes afetados pela pandemia.

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Durante a Vigília do Sábado Santo, às 21h (16h de Brasília), não serão celebrados batismos. A cerimônia inicial com a Bênção do Fogo será realizada atrás do altar da Confissão. Não haverá luzes para os presentes e o canto das três invocações “Lumen Christi”, ocorrerá somente quando as luzes forem acesas na Basílica durante a procissão ao altar da Cátedra. Os sinos da Basílica de São Pedro tocarão no momento do Glória, anunciando a ressurreição.

A mesma sobriedade também caracterizará a Missa do Domingo de Páscoa que o Papa celebrará às 11h locais (6h de Brasília) no Altar da Cátedra. O Evangelho será proclamado em grego e latim. No final da Missa, Francisco irá à sacristia para tirar as vestimentas, depois retornará à Basílica diante do altar da Confissão para proferir a mensagem Urbi et Orbi e dar a bênção pascal.

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