Citando novamente o ecumenismo de sangue, Papa deseja que diálogo ecumênico continue todos os dias
Da redação, com Rádio Vaticano
Na manhã desta quinta-feira, 26, o Papa Francisco recebeu em audiência uma delegação escocesa, guiada pelo Moderador da Igreja da Escócia, Derek Browning.
No encontro, Francisco relembrou a proximidade dos 500 anos da Reforma Protestante e mostrou gratidão pelo progresso no diálogo ecumênico. “Agradeçamos ao Senhor pelo grande dom de conseguirmos viver este ano como verdadeiros irmãos, não mais como rivais, depois de demasiados séculos de desconfiança e conflito”.
O Papa destacou como fruto deste caminho ecumênico empreendido, a “purificação da memória”. E motivou: “no espírito do Evangelho, prossigamos agora no caminho da caridade humilde, que leva à superação das divisões e à cura das feridas.”
O Santo Padre falou ainda sobre o “ecumenismo de sangue”, lembrando o sofrimento de muitos cristãos, que vivem graves provações e são perseguidos pelo nome de Jesus, chegando ao martírio. “O testemunho deles nos impõe ir avante com amor e coragem até ao fim. O nosso empenho em rezar uns pelos outros e a superar as feridas do passado são respostas devidas também a eles, dentro deste grande ‘nós’ da fé”, afirmou.
O Papa concluiu fazendo votos de que o caminho rumo à unidade visível continue todos os dias e traga ricos frutos no futuro, como aconteceu no recente passado. Para isso, Francisco assegurou a plena colaboração da Igreja Católica, através do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, “que deseja continuar a avançar juntos”.