Angelus

A santidade é dom e chamado, diz Papa no dia de Todos os Santos

Francisco exalta o exemplo dado pelos santos, que encorajam a caminhada dos fiéis na vida terrena

Da Redação

Papa Francisco reza o Angelus na solenidade de Todos os Santos / Foto: Reprodução Youtube – Vatican News

Por ocasião do Dia de Todos os Santos, celebrado nesta sexta-feira, 1º, o Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Francisco destacou que a santidade é uma meta que não pode ser alcançada somente com as forças humanas, mas é fruto da graça de Deus e da livre resposta que o homem dá a ela, ou seja: a santidade é dom e chamado.

“Os Santos e as Santas de todos os tempos, que hoje celebramos todos juntos, não são simplesmente símbolos, seres humanos distantes, inalcançáveis. Ao contrário, são pessoas que viveram com os pés na terra; experimentaram o cansaço cotidiano da existência com os seus sucessos e fracassos, encontrando no Senhor a força para se levantar sempre e prosseguir no caminho”, disse Francisco.

Enquanto uma graça de Deus, ou seja, um dom, não se pode comprar ou trocar a santidade, e sim acolhê-la, disse o Papa. Trata-se de amadurecer sempre mais a consciência de que o homem é unido a Cristo: pode e deve viver com Ele e Nele como filhos de Deus. “Então a santidade é viver em plena comunhão com Deus, já agora, durante a peregrinação terrena”.

Mas além de dom, a santidade é também um chamado, lembrou o Santo Padre, uma vocação comum dos discípulos de Cristo. “É a estrada de plenitude que todo cristão é chamado a percorrer na fé, procedendo rumo à meta final: a comunhão definitiva com Deus na vida eterna”.

Desse modo, acrescentou o Papa, a santidade se torna resposta ao dom de Deus, porque se manifesta como assunção de responsabilidade. “Nesta perspectiva, é importante assumir um sério e cotidiano compromisso de santificação nas condições, nos deveres e nas circunstâncias da nossa vida, procurando viver tudo com amor, com caridade”.

Francisco acrescentou que os santos que a Igreja celebra hoje abandonaram-se com confiança à luz divina e agora cantam em eterno a sua glória. Eles constituem a “Cidade santa” para a qual a humanidade olha com esperança, como meta definitiva enquanto é peregrina na “cidade terrena”.

“Olhando para a vida deles, somos estimulados a imitá-los. Entre eles há tantos testemunhos de uma santidade ‘ao pé da porta’, daqueles que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus'”, frisou o Papa, citando trecho da exortação apostólica Gaudete et exsultate, sobre o chamado à santidade no mundo atual. 

“A recordação dos Santos nos induz a elevar os olhos para o Céu: não para esquecer a realidade da terra, mas para enfrentá-la com mais coragem e esperança”, concluiu o Papa.

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