No Regina Coeli desta Segunda-feira do Anjo, 13, Francisco também recordou as mulheres que, em tempos de emergência de saúde, cuidam dos outros: “Rezemos por elas”
Da redação
A oração mariana do Regina Coeli foi pronunciada pelo Papa Francisco nesta Segunda-feira do Anjo, 13, na Biblioteca Apostólica do Vaticano. A data tem origem no Evangelho que conta que foi um anjo que anunciou às mulheres que Jesus havia ressuscitado. Em sua alocução, o Santo Padre reafirmou que a ressurreição de Cristo esclarece à humanidade que a última palavra não cabe à morte, e sim à vida. “Se Jesus ressuscitou, é possível olhar todo o evento da nossa humanidade com esperança, até os mais difíceis, repletos de angústia e incertezas”.
Primeiramente, o Pontífice recordou as mulheres, que amedrontadas, abandonaram às pressas o sepulcro de Jesus, quando o encontraram vazio. Francisco sublinha que o próprio Jesus aparece a elas, dizendo: “Não tenhais medo. Ide anunciar a meus irmãos que se dirijam à Galileia, lá eles me verão”. Com essas palavras, o Papa reforça que o Ressuscitado confia às mulheres um mandato missionário em relação aos apóstolos.
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As mulheres, desde Maria, estão sempre no início, destacou. “De fato, deram um exemplo de fidelidade, de dedicação e amor a Jesus durante sua vida pública, bem como durante a sua Paixão. Agora são premiadas por Ele com este gesto de atenção e predileção”. Primeiro as mulheres, frisou o Santo Padre, depois os discípulos, e em particular Pedro, que constatam a realidade da ressurreição.
“Jesus havia anunciado que, após a cruz, ressuscitaria, mas os discípulos não tinham entendido, porque ainda não estavam prontos. A fé deles deveria fazer um salto”, revelou. O Pontífice lembrou o início do livro dos Atos dos Apóstolos, em que Pedro anuncia com franqueza o Jesus Ressuscitado. “Aquele anúncio se difundiu a vários lugares e alcançou todos os cantos da terra, tornando-se uma mensagem de esperança para todos”.
“Ressuscitando, o Filho manifestou, em plenitude, o seu amor e sua misericórdia pela humanidade”, afirmou. De acordo com Francisco, esta é mensagem pascal que todos são convidados a proclamar. “Que possamos anunciar: Cristo, minha esperança, ressuscitou”.
Após o Regina Coeli
Depois, o Papa recordou a dedicação das mulheres, inclusive em tempos de emergência de saúde, no cuidado com os outros. “Ouvimos que as mulheres deram aos discípulos o anúncio da Ressurreição de Jesus. Hoje gostaria de recordar com vocês o que as mulheres fazem, inclusive neste tempo de emergência sanitária, para cuidar dos outros”, disse o Santo Padre.
O Pontífice complementou: “Mulheres médicas, enfermeiras, agentes das forças da ordem e dos cárceres, funcionárias dos estabelecimentos de bens de primeira necessidade…, e tantas mães e irmãs que se encontram trancadas em casa com toda a família, com crianças, anciãos, pessoas com deficiências. Por vezes, elas correm risco de sofrer violências, numa convivência da qual carregam um peso demasiadamente grande. Rezemos por elas, que o Senhor lhes conceda força e que as nossas comunidades possam ajudá-las junto a suas famílias”.
Francisco citou também sua proximidade a todos os países fortemente atingidos pelo coronavírus – em especial Itália, Estados Unidos, Espanha e França -, e renovou a todos as felicitações pascais. “Permaneçamos unidos na oração e no compromisso de ajudar-nos uns aos outros como irmãos”. Da janela da Biblioteca Apostólica, o Santo Padre concedeu sua bênção.