Francisco refletiu, antes da oração do Ângelus deste domingo, 19, sobre o Evangelho em que Jesus se apresenta como o pão vivo que desceu do céu
Da redação, com Boletim da Santa Sé
A passagem do Evangelho (cf. Jo 6,51-58) deste domingo, 19, em que Jesus se apresenta como o pão vivo que desceu do céu, foi tema da reflexão do Papa Francisco que antecedeu a oração do Ângelus, tradicionalmente realizada todo o domingo na Praça São Pedro, no Vaticano. Na ocasião o Pontífice ressaltou a importância dos fiéis experienciarem a comunhão com Cristo, principalmente na Santa Missa. “Toda vez que participamos da Santa Missa, em certo sentido, antecipamos o céu na terra, porque da comida eucarística, do Corpo e do Sangue de Jesus, aprendemos o que é a vida eterna”.
Além do pão que simboliza o corpo de Cristo, Francisco explicou sobre o vinho, que simboliza o sangue de Jesus. “Carne e sangue na linguagem bíblica expressam a humanidade concreta”, comentou. Ao convidar as pessoas e os próprios discípulos a comerem de sua carne e beberem do seu sangue, Jesus os convidou, segundo Francisco, a entrarem em comunhão com Ele, a ‘comer’ a sua humanidade, e a compartilhar com Ele o dom da vida para o mundo.
“Este pão da vida, o sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo, nos é dado gratuitamente na mesa da Eucaristia. Em volta do altar, encontramos o que nos alimenta hoje e por toda a eternidade”, explicou. De acordo com o Santo Padre, a Eucaristia molda o homem a viver não apenas por ele mesmo, mas para o Senhor e os irmãos. “A felicidade e a eternidade da vida dependem da nossa capacidade de tornar frutuoso o amor evangélico que recebemos na Eucaristia”, suscitou.
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Por fim, o Pontífice exortou: “Jesus, como naquele tempo, repete a cada um de nós hoje: ‘Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós” (v. 53). O Papa afirmou que diante do convite de Jesus ao homem, para nutrir-se com seu Corpo e Sangue, surgem sentimentos, como discussão e resistência, que tentam distanciar o homem do propósito de moldar a sua existência à de Jesus.
“Nutrindo-nos com essa comida, podemos entrar plenamente em harmonia com Cristo, com seus sentimentos, com seu comportamento. Isto é tão importante: ir à missa e comunicar-se, porque receber a comunhão é receber esse Cristo vivo, que nos transforma e nos prepara para o céu”, finalizou.
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Após o Ângelus
Depois de recitar a oração do Ângelus, Francisco recordou as chuvas intensas que atingiram a população de Kerala, na Índia, nos últimos dias. As tempestades provocaram inundações e deslizamentos, grandes perdas de vidas humanas, numerosos desaparecidos e deslocados, e danos à agricultura e às casas.
“Não deixe de faltar a esses irmãos a nossa solidariedade e o concreto apoio da Comunidade internacional. Estou próximo à Igreja em Kerala, que se encontra na linha de frente para levar socorro à população. Rezemos juntos por todos aqueles que perderam a vida e por todas as pessoas provadas por esta grande calamidade”, rogou. Em seguida, o Santo Padre rezou com os fiéis a oração da Ave Maria, após um momento de silêncio.