Em discurso, Francisco afirma que religiões não podem ser neutras ou ambíguas quando se trata da paz mundial
Da redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta quarta-feira, 18, 80 delegados da World Conference of Religions for Peace (Conferência Mundial de Religiões pela Paz). Em seu discurso aos presentes, salientou que os crentes de todas as religiões têm responsabilidade pela paz mundial e que nenhum deles pode permanecer neutro.
“Na construção da paz, as religiões, com seus recursos espirituais e morais, têm um papel especial e insubstituível. As religiões não podem ter uma atitude neutra e muito menos ambígua em relação à paz. Quem comete violência ou a justifica em nome da religião, ofende gravemente Deus, que é paz e fonte da paz, e deixou no ser humano um reflexo de sua sabedoria, poder e beleza”, disse o Santo Padre em audiência no interior da Sala Paulo VI.
O Pontífice lembrou ainda que a premissa das religiões é levar a harmonia ao mundo. “As religiões são destinadas pela sua natureza a promover a paz por meio da justiça, da fraternidade, do desarmamento e do cuidado da criação”, afirmou.
Promover o que classificou como a “ecologia integral” é uma das tarefas que os religiosos devem levar adiante, disse o Papa. “A Bíblia ajuda-nos nisto, trazendo-nos de volta o olhar do Criador, que ‘viu tudo o que tinha feito, e que era muito bom’ (Gn 1,31). As religiões dispõem de recursos para fazer progredir juntos uma aliança moral que promova o respeito da dignidade da pessoa humana e o cuidado da criação.”
Por fim, Francisco recordou em seu discurso aos delegados da Conferência Mundial de Religiões pela Paz os diversos exemplos positivos dispersos pelo mundo como força de cooperação inter-religiosa contra conflitos e por um desenvolvimento sustentável, convidando todos a “continuarem neste caminho confiando em Deus e na boa vontade humana”.
Leia mais:
.: Encerramento do Centenário de Fátima enfatiza paz mundial