Regina Caeli

Para Cristo, não somos estranhos, mas amigos e irmãos, diz Papa

“Para Ele, jamais somos estranhos, mas amigos e irmãos. No entanto, nem sempre é fácil distinguir a voz do pastor bom”, disse o Papa no Regina Caeli

Da redação, com Rádio Vaticano

O Papa Francisco, no Regina Caeli deste domingo, 7, falando aos milhares de fiéis, na Praça São Pedro, ateve-se à página do Evangelho deste domingo – chamado “Domingo do Bom Pastor”, – na qual Jesus nos apresenta duas imagens: o pastor e a porta do aprisco.

“Jesus identifica-se com o primeiro e manifesta uma relação de familiaridade com as ovelhas, expressa mediante a voz, com a qual as chama e que elas reconhecem e o seguem. Ele as chama para levá-las para fora, às pastagens verdejantes onde encontram bom alimento”, explicou o Papa.

A segunda imagem com a qual Jesus se apresenta é a da “porta das ovelhas”. Cristo, Bom Pastor, tornou-se a porta da salvação da humanidade porque ofereceu a vida por suas ovelhas, segundo o Papa.

“Jesus, pastor bom e porta das ovelhas, é um cabeça cuja autoridade se expressa no serviço, uma cabeça que para comandar, dá a vida e não pede a outros que a sacrifiquem. De uma cabeça assim se pode confiar, como as ovelhas que ouvem a voz de seu pastor porque sabem que com ele se vai a pastagens boas e abundantes”, frisou.

“Basta um sinal, um chamado e elas o seguem, obedecem, encaminham-se guiadas pela voz daquele que sentem como presença amiga, forte e doce ao mesmo tempo, que encaminha, protege, consola e medica. Assim é Cristo para nós”, acrescentou.

O Papa disse ainda que há uma dimensão da experiência que talvez seja deixada “à sombra”: a dimensão espiritual e afetiva, ou seja, sentir-se unido a Cristo por um vínculo especial, como as ovelhas a seu pastor. Por vezes, segundo o Papa, racionaliza-se por demais a fé e corre-se o risco de perder a percepção do “timbre” daquela voz, da voz de Jesus bom pastor, que “estimula e fascina”.

“É a maravilhosa experiência de sentir-nos amados por Jesus. Perguntem-se: ‘Eu me sinto amado por Jesus? Eu me sinto amada por Jesus?’ Para Ele, jamais somos estranhos, mas amigos e irmãos. No entanto, nem sempre é fácil distinguir a voz do pastor bom. Há sempre o perigo do ladrão, do falso pastor. Há sempre o risco de ser distraído pelo ribombar de tantas vozes”, afirmou o Santo Padre.

Em seguida, o Papa lembrou o dia de oração pelas vocações sacerdotais e religiosas e os presbíteros por ele ordenados neste domingo do Bom Pastor:

“Neste Dia Mundial de Oração pelas Vocações – em particular pelas vocações sacerdotais, para que o Senhor nos mande bons pastores – invoquemos a Virgem Maria: ela acompanhe os dez novos sacerdotes que ordenei pouco antes. Pedi a quatro deles da Diocese de Roma que viessem para dar a bênção juntos comigo. Nossa Senhora sustente com seu auxílio aqueles que foram chamados por Jesus Cristo, a fim de que estejam prontos e generosos a seguir a sua voz”.

Antes de despedir-se dos presentes, na saudação após a oração mariana o Papa lembrou sua peregrinação a Fátima, Portugal, sexta-feira e sábado próximos (dias 12 e 13 de maio), por ocasião dos cem anos da primeira aparição de Nossa Senhora aos três pastorinhos na Cova da Iria.

O Pontífice pediu: “neste mês de maio rezemos o terço, em particular pela paz, como pediu a Virgem em Fátima, aonde irei em peregrinação daqui a poucos dias, por ocasião do centenário da primeira aparição”.

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