Em mensagem de vídeo para a entrega da edição de 2022 do prêmio para a fraternidade humana, Francisco agradeceu aos vencedores
Da redação, com Vatican News
“Um passo adiante em nosso caminho comum de fraternidade” e um “estímulo para continuar o compromisso em favor da unidade e da paz mundial”. Este é o significado, para o Papa Francisco, do Prêmio Zayed para a Fraternidade Humana, concedido em 2022 ao Rei da Jordânia, Abduallah II, e à Rainha Rania, e à Fundação para o Conhecimento e a Liberdade do Haiti (Fokal).
Em uma mensagem de vídeo gravada antes do início da guerra na Ucrânia, divulgada nesta segunda-feira, 28, o Pontífice agradeceu ao Xeique Mohamed bin Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro de Abu Dhabi, por promover o conteúdo do Documento sobre a Fraternidade Humana e por apoiar o Alto Comitê para a Fraternidade Humana. Este último promoveu o prêmio em memória do Xeique Zayed bin Sultan al Nahyan, fundador dos Emirados Árabes Unidos, em 1971, com o objetivo de “reconhecer e premiar os esforços de indivíduos e instituições comprometidos com o progresso da humanidade e a promoção da convivência pacífica”.
Promover os valores do amor e da tolerância
O prêmio é uma forma “de apoiar e agradecer a todos aqueles que trabalham pela justiça, solidariedade e fraternidade”, prosseguiu o Papa, propostas pelo documento, assinado em Abu Dhabi, em 4 de fevereiro de 2019, fundamentais para restabelecer “os valores do amor, os valores que derivam do amor, da tolerância e da fraternidade”.
Um exemplo que pode “encorajar outros a promoverem iniciativas que favoreçam a coexistência pacífica e sejam um sinal de colaboração fecunda entre pessoas de diferentes religiões a serviço de toda a humanidade”.
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Jordânia um modelo de tolerância e convivência
Francisco se voltou para os vencedores do Prêmio Zayed 2022. O Papa lembrou o compromisso do casal real da Jordânia “em acolher um grande número de refugiados, em promover os valores da convivência, do diálogo entre as diferentes tradições religiosas, na luta contra a discriminação e em prol da emancipação dos jovens e das mulheres”.
A Jordânia é um modelo de tolerância e convivência e o prêmio é um reconhecimento “também a todo o povo jordaniano, que, com determinação e coragem, apesar das muitas dificuldades, segue o caminho da paz, da moderação e da rejeição da violência”.
Rezar pelo bom povo do Haiti
Ao congratular-se com Fokal, o Pontífice recordou que o povo do Haiti está presente em seu coração e em suas orações. Francisco agradeceu à fundadora Michèle Pierre-Louis e seu compromisso a serviço do bem comum e da defesa dos direitos humanos, em particular da educação e da formação das novas gerações. “Há necessidade de paixão e criatividade para restituir ao Haiti a perspectiva concreta de um futuro melhor”, disse o Papa.
“O povo haitiano sofreu demais por causa dos muitos desastres naturais, problemas sociais e emergências humanitárias”, ressaltou. “Rezemos pelo Haiti: um povo bom, um povo benévolo, um povo religioso que está sofrendo muito”!