Homilia

Papa sobre o Advento: preparação para encontro definitivo com o Senhor

Durante homilia nesta segunda-feira, 3, Francisco recordou que o Advento é tempo propício para purificação e crescimento na fé

Da redação, com Vatican News

Papa celebra missa na Casa Santa Marta/ Foto: Vatican Media

“O tempo do Advento tem três dimensões: passado, futuro e presente”. A frase é parte da homilia da missa realizada pelo Papa Francisco na capela da Casa Santa Marta nesta segunda-feira, 3. Durante reflexão, o Santo Padre recordou que o Advento, iniciado neste último domingo, 2, é tempo propício para purificar o espírito, fazer crescer a fé e se purificar.

O ponto de partida das reflexões do Pontífice é o Evangelho do dia (Mt 8,5-11), que relata o encontro em Cafarnaum entre Jesus e um oficial romano, que pede ajuda para o seu servo, paralisado na cama. “Hoje, pode acontecer de se acostumar à fé, esquecendo a sua vivacidade. Quando estamos acostumados perdemos aquela força da fé, aquela novidade da fé que sempre nos renova”, destacou o Papa.

Na homilia, Francisco ressaltou que a primeira dimensão do Advento é o passado, a purificação da memória: “Recordar bem que não nasceu a árvore de Natal, que certamente é um belo sinal, mas recordar que nasceu Jesus Cristo”, alertou o Pontífice, que prosseguiu: “Nasceu o Senhor, nasceu o Redentor que veio para nos salvar. Sim, a festa…nós sempre temos o perigo, sempre teremos em nós a tentação de mundanizar o Natal, mundanizá-lo … quando a festa deixa de ser contemplação – uma bela festa de família com Jesus no centro – e começa a ser festa mundana: fazer compras, presentes, isso e aquilo outro…e o Senhor permanece ali, esquecido”.

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O Advento é, de acordo com o Santo Padre, um tempo para purificar a memória daquele tempo passado. “O Advento serve para purificar a esperança, e se preparar para o encontro definitivo com o Senhor. Porque aquele Senhor que veio lá, voltará, voltará! E voltará para nos perguntar: ‘Como foi a sua vida?’. Será um encontro pessoal. Nós, o encontro pessoal com o Senhor, hoje, teremos na Eucaristia e não podemos ter um encontro assim, pessoal, com o Natal de 2000 anos atrás: temos a memória daquilo. Mas quando Ele voltar, teremos aquele encontro pessoal. É purificar a esperança”, observou.

Por fim, o Papa convidou todos a cultivarem a dimensão cotidiana da fé, não obstante as preocupações e os muitos afazeres, cuidando da própria casa interior. “O nosso Deus, de fato, é o Deus das surpresas e os cristãos deveriam perceber todos os dias os sinais do Pai Celeste, o seu falar conosco hoje”, refletiu.

A terceira dimensão é, segundo Francisco, a mais cotidiana, a de purificar a vigilância. “Vigilância e oração são duas palavras para o Advento; porque o Senhor veio na História em Belém; virá, no final do mundo e também no final da vida de cada um de nós. Mas vem todos os dias, em todos os momentos, no nosso coração, com a inspiração do Espírito Santo”, concluiu.

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