A explosão de caminhão deixou ao menos 60 mortos na segunda maior cidade do Haiti; Papa pede orações
Da Redação, com Boletim da Santa Sé e Reuters
Pobre, Haiti, um povo bom, mas que está sofrendo tanto, com uma coisa atrás da outra. Com essas palavras de proximidade, o Papa Francisco expressou o seu pesar pela recente explosão de um caminhão de combustível que aconteceu em Cap-Heitien, ao norte do país. São ao menos 60 mortos.
Entre as muitas pessoas que perderam a vida, há muitas crianças, lamentou Francisco. “Rezemos, rezemos pelo Haiti, é um povo bom, um povo bravo, gente religiosa, mas está sofrendo tanto. Estou próximo aos habitantes daquela cidade e aos familiares das vítimas, bem como aos feridos. Convido vocês a se unirem à oração por esses nossos irmãos e irmãs, tão duramente provados”, disse o Papa ao final da audiência geral de hoje.
Sobre a explosão
De acordo com a mídia local, o caminhão que transportava gasolina capotou por volta da meia-noite de segunda-feira, 13, na área de Samari, no extremo leste de Cap-Haitien, segunda maior cidade do Haiti.
As entregas de combustível em todo o país só foram retomadas no mês passado, após um bloqueio por gangues. Por quase um mês, impediram o carregamento de caminhões nos principais portos de combustível. Muitas empresas foram forçadas a fechar.
O hospital local foi sobrecarregado para tentar tratar os muitos feridos, disse o prefeito Pierre Yvrose à Reuters. Segundo o prefeito, o hospital precisa de recursos humanos e também de suprimentos médicos.
“Infelizmente muitas pessoas morreram, não pudemos salvá-las. Quero parabenizar os bombeiros e as equipes de proteção civil porque colocaram suas vidas em risco para controlar o incêndio e, portanto, evitaram novas mortes”, disse o prefeito. Ele acrescentou que o hospital local estava lutando para lidar com o tratamento dos feridos.
A explosão também danificou fachadas de casas e lojas nas ruas e queimou motocicletas e carros, disseram jornalistas da Reuters. O governo declarou três dias de luto pelos mortos.
O escritório das Nações Unidas no Haiti disse que está pronto para ajudar as autoridades nacionais em sua resposta e ofereceu suas condolências aos familiares das vítimas.
As gangues ficaram mais poderosas desde o assassinato do presidente Jovenel Moise em julho, o que criou um vácuo político e permitiu que grupos criminosos expandissem seu território.
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