No Regina Coeli, desta “Segunda-feira do Anjo”, 22, Francisco recordou encontro do anjo com as mulheres que haviam ido ao sepulcro de Jesus
Julia beck
Da redação
Nesta “Segunda-feira do Anjo”, 22, celebrada tradicionalmente na segunda-feira posterior à Páscoa, o Papa Francisco rezou junto aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, a oração do “Regina Coeli”. Na reflexão que antecedeu a oração, que é comum ao tempo pascal, o Santo Padre recordou as palavras proferidas pelo anjo às mulheres que tinham ido ao sepulcro – ‘Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui, ressuscitou’.
“A ressurreição de Cristo é o acontecimento mais fascinante da história humana, que atesta a vitória do amor de Deus sobre o pecado e a morte, e doa à nossa esperança de vida, um fundamento sólido como a rocha. Aconteceu o que era humanamente impensável. Jesus de Nazaré: Deus O ressuscitou, libertando-O das cadeias da morte”, refletiu o Pontífice.
Francisco reforça que, nesta ‘Segunda-feira do Anjo’, 22, a liturgia — no Evangelho de Mateus — leva os cristãos novamente ao túmulo vazio de Jesus. O Papa lembra que, as mulheres cheias de temor e alegria, vão às pressas dar a notícia aos discípulos que o sepulcro estava vazio e, naquele momento, Jesus aparece diante deles e eles se aproximam, abraçam seus pés e O adoram. “Ele não era um fantasma, Ele era Jesus vivo, com a carne, era Ele. Jesus expulsa dos seus corações o medo e os encoraja ainda mais a anunciarem aos irmãos o que aconteceu”, sublinhou o Pontífice.
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O papel das mulheres, Maria Madalena e as outras, é, segundo o Santo Padre, ressaltado pelos evangelhos. Elas são as primeiras testemunhas da ressurreição, lembrou Francisco. “Os homens, assustados, estavam fechados no cenáculo. Pedro e João, advertidos por Madalena, apenas correm rapidamente e descobrem que o túmulo está aberto e vazio, mas são as mulheres as primeiras a encontrarem o ressuscitado e anunciarem que ele está vivo”, frisou o Papa que completou: “Hoje, queridos irmãos e irmãs, ressoam a nós as palavras de Jesus dirigidas às mulheres: não tenham medo, vão anunciar”.
Depois dos ritos do Tríduo Pascal, que segundo o Pontífice, fizeram os cristãos reviverem os mistérios da morte e ressurreição de Jesus, o convite proposto pela Igreja é que os fiéis, agora com os olhos da fé, contemplem Cristo ressuscitado e vivo. “Nós também somos chamados a encontrá-lo pessoalmente e nos tornar anunciadores e testemunhas”, exortou. Na antiga sequência litúrgica pascoal, o Papa recorda que nesses dias os cristãos repetiram: ‘Cristo minha esperança ressuscitou!’, e recordou que, unidos a Jesus, todos também ressuscitaram, passando da morte para a vida, da escravidão do pecado para a liberdade do amor.
“Deixemo-nos, portanto, sermos abrangidos pela mensagem reveladora da Páscoa e sermos envolvidos por sua luz gloriosa que dissipa as trevas do medo e da tristeza. Jesus Ressuscitado caminha ao nosso lado. Ele se manifesta para aqueles que O invocam e O amam, primeiramente na oração, mas também nas simples alegrias vividas com fé e gratidão. Podemos senti-Lo presente também partilhando momentos de cordialidade, acolhimento, amizade e contemplação da natureza. Que este dia de festa, em que é costume desfrutar de um pouco de lazer e gratuidade, nos ajude a experimentar a presença de Jesus. Peçamos à Virgem Maria para que alcancemos plenamente a paz e a serenidade, dons do ressuscitado, a fim de partilhar com os irmãos, principalmente os que mais precisam de consolo e esperança”, concluiu Francisco.