Audiência

Papa recebe o presidente em exercício da Bósnia-Herzegovina

Audiência foi realizada nesta manhã, e foi a segunda desde fevereiro de 2020

Da Redação, com Vatican News

Nesta segunda-feira, 17, o Papa Francisco recebeu, em audiência, o presidente em exercício da Presidência colegiada da Bósnia-Herzegovina, Željko Komšić. Após o encontro com o Papa, Komšić se reuniu com o secretário para as Relações com os Estados, Dom Paul R. Gallagher. 

Durante as conversas mantidas na Secretaria de Estado, foi expresso o apreço pelas boas relações de ambas as partes. Abordou-se, então, a situação interna do país, reiterando a necessidade de promover a igualdade jurídica e social de todos os cidadãos pertencentes a cada povo constituinte. A audiência também tratou de algumas questões regionais, incluindo a situação dos países dos Balcãs Ocidentais e o alargamento da União Europeia.

Este foi o segundo encontro oficial de Željko Komšić com o Papa Francisco, depois daquele realizado em 15 de fevereiro de 2020. Na ocasião, foi enfatizado que o Vaticano continuaria a apoiar a Bósnia-Herzegovina como um Estado multiétnico, em seu caminho para a “A integração euro-atlântica”. Também foi enfatizada, na ocasião, “a necessidade de garantir o pleno respeito pelos direitos de todos os cidadãos e a igualdade efetiva dos três povos constituintes, sérvio, bósnio e croata, bem como suas confissões religiosas”.

Já em 25 de outubro de 2007, Komšić – na época com 57 anos e também membro croata da presidência da Bósnia-Herzegovina – encontrou-se, no Vaticano, com o cardeal secretário de Estado Tarcisio Bertone, para a troca dos instrumentos de ratificação do Acordo base entre o país balcânico e a Santa Sé.

A situação atual do país

No contexto internacional, a Bósnia-Herzegovina continua a olhar com atenção para o caminho da adesão à União Europeia, ainda que as negociações tenham início somente após serem alcançadas as prioridades previstas pela Comissão da UE desde 2019. E isso especificamente em termos de democracia e respeito pelos direitos humanos e das minorias. Um objetivo que ainda se depara com dificuldades, à luz da atual situação no país, onde as reivindicações nacionalistas do lado sérvio se fazem sentir novamente trinta anos após o fim da guerra nos Balcãs.

Graves atos de intimidação e incidentes ocorreram nos últimos dias em detrimento da população bósnia. Em Brcko foi vandalizado o graffiti em memória das vítimas do genocídio de Srebrenica, seguido por uma firme condenação da União Europeia, para a qual “os crimes de guerra não podem ser glorificados, nem podem ser feitas declarações explosivas que semeiam ódio. Uma situação complexa, portanto, para a qual também a Igreja local invocou a prudência.

A eleição de outubro de 2022

Importantes para o país neste ano de 2022, serão as eleições em outubro, quando haverá a renovação da presidência tripartida, do parlamento central de Sarajevo e de duas entidades: a Federação da Bósnia-Herzegovina (entidade croata-muçulmana) e a República de Srpska (entidade sérvia). Mas quer o presidente da entidade sérvia Milorad Dodik, como muitos expoentes croata-bósnios, pedem antes de tudo uma reforma eleitoral.

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