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Papa: chega de polêmicas sobre a liturgia, redescubramos sua beleza

Carta do Papa Francisco ao povo de Deus recorda o significado profundo da celebração eucarística

Da Redação, com Vatican News

Em carta, Papa reflete sobre a formação litúrgica do povo de Deus / Foto: Wesley Almeida

“Desiderio desideravi” é a Carta Apostólica ao Povo de Deus, do Papa Francisco, publicada nesta quarta-feira, 29. O documento sobre liturgia é para recordar o significado profundo da celebração eucarística tal como emergiu do Concílio e para convidar à formação litúrgica.

Em 65 parágrafos, o Santo Padre reelabora os resultados da sessão plenária do órgão vaticano para o Culto Divino em fevereiro de 2019 e segue o Motu Proprio “Traditionis custodes”, reafirmando a importância da comunhão eclesial em torno do rito resultante da reforma liturgia pós-conciliar. Não se trata de uma nova instrução ou de um diretório com normas específicas, mas sim de uma meditação para compreender a beleza da celebração litúrgica e o seu papel no evangelizar.

O documento é concluído com um apelo: “Abandonemos as polêmicas para ouvirmos juntos o que o Espírito diz à Igreja, mantenhamos a comunhão, continuemos a nos maravilhar com a beleza da liturgia”.

A fé cristã, escreve Francisco, ou é encontro com Jesus vivo ou não é e a Liturgia garante a possibilidade de tal encontro. “Não precisamos de uma vaga recordação da Última Ceia: temos necessidade de estar presentes nessa Ceia”.

No documento, o Papa também insiste na importância da formação, especialmente nos seminários. “Uma abordagem litúrgico-sapiencial da formação teológica nos seminários certamente teria efeitos positivos também na ação pastoral. (…) A compreensão teológica da Liturgia não permite de modo algum compreender estas palavras como se tudo se reduzisse ao aspecto cultual. Não é autêntica uma celebração que não evangeliza, assim como não é autêntico um anúncio que não leva ao encontro com o Ressuscitado na celebração: ambos, sem o testemunho da caridade, são como um bronze retumbante ou um címbalo que estrila”.

O Papa conclui a carta pedindo a todos os bispos, presbíteros e diáconos, aos formadores dos seminários, professores de faculdades teológicas e escolas de teologia, a todos os catequistas, que ajudem o povo santo de Deus a aproveitar o que sempre foi a fonte primária de espiritualidade cristã.

A íntegra do documento está disponível no site da Santa Sé em italiano, francês, inglês, alemão e espanhol. Acesse aqui

 

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