Daphne Caruana investigava casos de corrupção entre líderes políticos em Malta
Da redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco enviou um telegrama ao arcebispo maltês Charles Scicluna lamentando o assassinato da jornalista Daphne Caruana Galizia, que investigava casos de corrupção entre políticos na ilha de Malta.
“Profundamente triste com a trágica morte de Daphne Caruana Galizia, sua Santidade o Papa Francisco oferece preces por seu descanso eterno, e pede gentilmente que transmita suas condolências à sua família”, disse o Papa no telegrama, enviado pelo Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.
“O Santo Padre também assegura sua proximidade espiritual ao povo maltês neste momento difícil e roga pelas bençãos de Deus sobre sua nação”, disse.
Entenda o caso
Uma blogueira muito conhecida e crítica ferrenha do governo para quem fazia oposição, Caruana Galizia foi assassinada nesta segunda-feira, 16, enquanto saía de casa, quando seu carro explodiu. Malta é um país de religião predominantemente católica.
A polícia de Malta disse nesta quinta-feira, 19, que a repórter foi assassinada por uma bomba ligada a seu carro, que foi acionada via controle remoto.
A morte da jornalista de 53 anos chocou a nação. Seus três filhos pediram a imediata renúncia do primeiro-ministro Joseph Muscat. Caruana Galizia fazia duras críticas ao premiê Muscat. A repórter revelou que a esposa do primeiro-ministro e membros de seu governo dividiam empresas no Panamá, acusação negada por Muscat.
A União Europeia, da qual Malta faz parte, assim como grupos de direitos humanos exigiram uma investigação imediata e independente do assassinato da repórter.