Papa pede que antissemitismo seja banido do coração de todos

Santo Padre recebeu delegação judaica e voltou a destacar necessidade de uma cultura do encontro

Jéssica Marçal
Da Redação

 Papa pede que antissemitismo seja banido do coração de todos

Papa defendeu cultura do encontro e pediu fim do antissemitismo / Foto: Arquivo

Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta sexta-feira, 11, uma delegação da Comunidade Judaica de Roma, guiada pelo rabino chefe, Riccardo di Segni. Na ocasião, o Santo Padre voltou a convidar para uma cultura do encontro, pedindo que o antissemitismo seja banido do coração e da vida de cada homem e de cada mulher.

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: Íntegra do discurso

O encontro aconteceu por ocasião da proximidade dos 70 anos da deportação dos judeus de Roma, recordado no próximo dia 16. Francisco lembrou o que já disse algumas vezes, sobre a contradição que é um cristão ser antissemita, uma vez que um pouco de suas raízes são judaicas. Ele falou de alguns aspectos da relação entre católicos e judeus em Roma, ao longo da qual não faltaram incompreensões e injustiças. Porém, ressaltou que também se vê o desenvolvimento de relações amigáveis e fraternas.

“Para esta mudança de mentalidade certamente contribuiu, por parte católica, a reflexão do Concílio Vaticano II, mas uma contribuição não menor veio da vida e da ação, de ambas as partes, de homens sábios e generosos, capazes de reconhecer o chamado do Senhor e de caminhar com coragem em novos caminhos de encontro e de diálogo”.

O Papa voltou a defender a cultura do encontro, dizendo que se é importante a reflexão teológica através do diálogo, é tão importante quanto o diálogo da experiência cotidiana. “Sem uma verdadeira e concreta cultura do encontro; que leva a relações autênticas, sem preconceitos e desconfianças; de pouco serviria o empenho no campo intelectual”.

Além das palavras dirigidas aos presentes, Francisco também escreveu uma mensagem por ocasião dos 70 anos da deportação dos judeus de Roma, à qual se une espiritualmente, com a oração. Ele disse que fazer memória de um evento não é uma simples recordação, mas um aprendizado, de forma que a memória do passado possa iluminar o caminho futuro.

“A recordação das tragédias do passado transformem-se para todos compromisso de aderir com todas as nossas forças ao futuro que Deus quer preparar e construir para nós e conosco. Shalom!”.

Leia a íntegra da mensagem do Papa

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