Francisco discursou no último dia do encontro promovido pelo Serviço Internacional para a Renovação Carismática Católica, realizado neste sábado, 4, na Sala Paulo VI
Da redação, com Vatican News
Papa Francisco durante encerramento do encontro com membros do Serviço Internacional da Renovação Carismática Católica (Charis) / Foto: Guglielmo Mangiapane – Reuters
Neste sábado, 4, da Sala Paulo VI, o Papa Francisco participou do encontro promovido pelo Charis, “Chamados, Transformados e Enviados”. O evento teve início na quinta-feira, 2, oportunidade em que os membros do Serviço Internacional para a Renovação Carismática Católica (Charis) elegeu seu moderador, o argentino Pino Scafuro.
“Estou feliz por vocês”, disse o Papa no início de seu discurso. “Sei que estão fazendo uma reunião, por isso seria oportuno fazer algumas perguntas: como vai o trabalho do Charis? Como estão progredindo os serviços? Gostaria ainda de recordar dois aspectos nos estatutos do Charis: o primeiro é a importância de se promover os exercícios dos carismas não só na Renovação Carismática, mas em toda a Igreja. O serviços que Charis presta é o de promover os carismas e incentivá-los, colocá-los a serviço da Igreja. Promovê-los e não controlá-los”, frisou o Santo Padre.
“Por isso, devemos seguir alguém que é um mestre em promover o carisma: o Espírito Santo”, prosseguiu Francisco. “É ele quem faz a harmonia na diversidade, o mestre que ensina como se promove os carismas — em particular aqueles carismas que promovem a evangelização e a atividade missionária.”
Estreiteza de visão
O Sucessor de Pedro ressaltou como o Charis pode ajudar os católicos a irem e enxergarem além. “Uma irmã certa vez me dizia que alguns católicos são como cavalos com viseira, que os deixa incapazes de olhar de um lado ao outro. Esta estreiteza de visão vocês, graças a Deus, venceram e isto me agrada muito”, enalteceu.
Oferecer a possibilidade de um encontro com Jesus e a Palavra também é uma das missões que o Charis, segundo o Pontífice, tem posto em prática de maneira plena. “Um ambiente acolhedor, um lugar de graça. Por isso os exortei a propor estes seminários. Pensar que somente as grandes estruturas, os líderes mais proeminentes poderiam realizar esses seminários quando, na verdade, mesmo pequenos grupos paroquias podem organizá-los”, asseverou.
Três basílicas de Roma e, por fim, a Sala Paulo VI sediaram o evento organizado pelo Charis de 2 a 4 de novembro. Nos dois últimos dias, além do Santo Padre, outros palestrantes abordaram temas sensíveis e importantes à Igreja, tais como a renovação até a sinodalidade, o serviço aos pobres e a unidade cristã.
“Escolhemos o título ‘Chamados, Transformados e Enviados’ porque temos certeza de que Deus chama: o problema é que, muitas vezes, não damos atenção a esse chamado”, explicou Pino Scafuro, moderador do Charis.
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