Solenidade

Papa no Angelus: a santidade é um dom e um caminho, uma meta eterna

Francisco exortou os católicos a conhecerem a vida dos santos e a se emocionarem com os exemplos deixados por eles

Julia Beck
Da redação

Papa Francisco durante oração do Angelus na Praça São Pedro /Foto: Vatican Media via Reuters

Na Solenidade de Todos os Santos – celebrada nesta quarta-feira, 1º, o Papa Francisco rezou o Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Antes, o Santo Padre refletiu sobre a santidade, em particular sobre duas características: ela é um dom e, ao mesmo tempo, um caminho. 

Segundo o Pontífice, a santidade é um dom de Deus que se recebe no Batismo. Quando este cresce, prosseguiu, é capaz de mudar completamente a vida dos batizados (cf. Exortação Apostólica Gaudete et  Exsultate, 15), iluminando-a com a alegria do Evangelho.

“Os santos não são heróis inalcançáveis ou distantes, mas pessoas como nós, nossos amigos, cujo ponto de partida é o mesmo dom que recebemos”, disse Francisco. Ele ressalta que há alguns santos ou santas que podem ser vistos no cotidiano, ou seja, que vivem a verdade cristã, pessoas que ele gosta de adjetivar como ” santos da porta ao lado”.

 A santidade, reafirmou o Santo Padre, é um dom oferecido a todos para uma vida feliz. Ela é um presente que vem de Deus, ressaltou, e Ele quer seus filhos felizes.

No entanto, o Pontífice salientou que todo dom acolhido traz consigo a responsabilidade de uma resposta e o convite para se esforçar para que não seja desperdiçado. “Todos os batizados receberam o mesmo chamado para ‘manter e aperfeiçoar com sua vida a santidade que receberam’” (Lumen gentium, 40).

Caminho

Sobre o segundo ponto da santidade, o caminho, Francisco explicou que ele deve ser feito em conjunto. Os batizados são chamados a ajudarem uns aos outros, unidos aos santos. “Eles são nossos irmãos e irmãs mais velhos, com os quais sempre podemos contar: eles nos apoiam e, quando erramos o caminho, com sua presença silenciosa nunca deixam de nos corrigir”, complementou.

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O Pontífice sublinhou que os santos são também amigos sinceros, em que todos podem confiar, porque desejam o bem, não apontam o dedo contra ninguém e nunca traem. Em suas vidas, o Santo Padre frisou que é possível encontrar um exemplo, em suas orações recebe-se ajuda e, na comunhão com eles, é vivido um vínculo de amor fraterno.

“Com eles formamos uma grande família em caminho, a Igreja, composta por homens e mulheres de todas as línguas, condições e procedência (cf. Ap 7,9), unidos pela mesma origem, o amor de Deus, e dirigidos para a mesma meta, a plena comunhão com Ele, o paraíso: eles já o alcançaram, nós estamos a caminho”. 

Reflexão

Ao final da reflexão, Francisco reforçou que a santidade é um dom e um caminho. Portanto, incentivou os seguintes questionamentos:

“Eu me lembro de ter recebido o dom do Espírito Santo, que me chama à santidade e me ajuda a chegar lá? Agradeço a Ele por isso? Sinto os santos perto de mim e me dirijo a eles? Conheço a história de alguns deles?”.

O Papa também exortou os católicos a conhecerem a vida dos santos e a se emocionarem com os exemplos deixados por eles. “Faz-nos muito bem recorrer a eles na oração”, disse. Ao dirigir-se a Maria, Rainha de todos os Santos, o Pontífice pediu que faça os batizados sentirem a alegria do dom recebido e aumente em todos o desejo pela meta eterna.

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