Ângelus

Papa à Maria: “Nos dê a graça de um Natal extrovertido e não dispersivo”

Para Francisco, o evangelho deste domingo, 23, prepara os fiéis, para viverem bem o Natal, com o dinamismo da fé e da caridade

Da redação, com Vatican News

Para pede um Natal extrovertido/Foto: Reprodução Youtube Vatican News

No Angelus deste IV domingo do Advento, 23, Papa Francisco pediu a Maria que dê a todos os cristãos a graça de viver um Natal extrovertido e não dispersivo. “Que no centro não esteja o nosso ‘eu’, mas o Tu de Jesus e o tu dos irmãos, especialmente daqueles que necessitam de ajuda”, rogou. O Evangelho deste domingo, que coloca em destaque a figura de Maria ao visitar sua prima Isabel, prepara os fiéis, segundo o Pontífice, para viverem bem o Natal, comunicando o dinamismo da fé e da caridade

“O anjo Gabriel lhe havia revelado que Isabel esperava um filho e já estava no sexto mês de gravidez. A Virgem, que tinha acabado de conceber Jesus por obra de Deus, partiu apressadamente de Nazaré, na Galileia, para as montanhas da Judeia”, recordou o Papa antes de citar o trecho evangélico, que narra o encontro de Maria com Isabel. “Este episódio nos ajuda a ler com uma luz especial o mistério do encontro do homem com Deus”, afirmou. Para o Santo Padre, este encontro não é marcado por clamorosos prodígios, mas é marcado pela fé e pela caridade: “Maria, de fato, é bem-aventurada porque acreditou: o encontro com Deus é fruto da fé”.

O marido de Isabel, Zacarias, foi exemplificado por Francisco, como alguém que não acreditou e ficou surdo e mudo. “Sem fé, fica-se inevitavelmente surdo à voz consoladora de Deus; e se é incapaz de pronunciar palavras de consolo e de esperança para os nossos irmãos. E nós o vemos todos os dias: as pessoas que não têm fé ou uma fé muito pequena, quando deve se aproximar de uma pessoa que sofre, diz palavras de circunstância, mas não consegue chegar ao coração porque não tem força. Não tem força porque não tem fé, e se não tem fé não saem palavras que chegam ao coração”, frisou.

A fé, por sua vez, se alimenta na caridade, revelou o Papa. O evento do nascimento de Jesus começou, de acordo com o Santo Padre, com um simples gesto de caridade, quando Maria, que se levantou para ir até Isabel, demonstrando nos fatos já ser discípula do Senhor que carrega no ventre. “O Evangelho da visita de Maria a Isabel nos prepara para viver bem o Natal, comunicando-nos o dinamismo da fé e da caridade. Este dinamismo é obra do Espírito Santo: o Espírito de Amor que fecundou o ventre virginal de Maria e a levou ao serviço da parente idosa.”

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