Neste sábado, 25, o Papa recebeu, no Vaticano, participantes do Encontro internacional “Sim à vida: cuidado com o precioso dom da vida na fragilidade”
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco recebeu na manhã deste sábado, 25, na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de 300 participantes do Encontro Internacional intitulado “Yes to Life (Sim à vida): cuidado com o precioso dom da vida na fragilidade”. O encontro é promovido pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e pela Fundação “O Coração em uma gota”, que acolhe crianças recém-nascidas em extrema fragilidade.
Em seu discurso, o Santo Padre disse que as crianças, em alguns casos, são definidas pela cultura do descarte como incompatíveis com a vida. “Nenhum ser humano jamais pode ser incompatível com a vida, seja pela sua idade, pela sua saúde e pela qualidade da sua existência. Toda criança, desde o seio da sua mãe, é um dom, que muda a história de uma família. Ela deve ser sempre bem-vinda, amada e cuidada”, sublinhou.
Segundo o Pontífice, quando uma mulher descobre que está esperando um filho, sente a profunda sensação de um mistério, que cresce dentro de si, permeia todo o seu ser e a torna mãe. Entre ela e a criança, Francisco afirma que instaura-se um intenso diálogo, uma relação real desde o momento da concepção.
“Esta capacidade comunicativa não é só da mulher, mas, sobretudo, da criança, que, em sua individualidade, envia sinais da sua presença e das suas necessidades à mãe. Hoje, as técnicas modernas fazem um diagnóstico pré-natal, prevendo malformações e patologias, que poderiam comprometer a vida da criança e a serenidade da mulher”, explicou o Papa, que prosseguiu alertando: “A autenticidade da sua evolução é muito subjetiva e, eventualmente, pode ser resolvida com as devidas terapias. Por isso, os médicos jamais devem esquecer o valor sagrado da vida humana e a sua proteção”.
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Aos médicos, o Santo Padre revelou: “A profissão do médico é uma missão, uma vocação para a vida. Eles devem estar conscientes de que são um dom para as famílias. Por isso, devem assumir a vida dos outros, enfrentar a sua dor; serem capazes de tranquilizar e encontrar soluções sempre no respeito da dignidade da vida humana”.
Ao cuidar das crianças terminais, Francisco comentou que os médicos devem ajudar os pais a aceitarem a realidade e a aliviar sua dor. “Infelizmente, a cultura dominante, hoje, não promove este aspecto. Em nível social, o temor e a hostilidade, diante da deficiência física, podem levar, muitas vezes, à escolha do aborto, como prática de ‘prevenção’”, completou o Pontífice que recordou o ensinamento da Igreja:
“A vida humana é sagrada e inviolável e o uso da diagnose pré-natal, para propósitos seletivos, deve ser fortemente desencorajado. O aborto nunca é a resposta ideal que as mulheres e as famílias buscam. Neste sentido, as ações pastorais são sempre urgentes e necessárias para criar espaços, lugares e ‘redes de amor’, aos quais os casais podem se dirigir, além de dedicar tempo para acompanhar as famílias”.
O Santo Padre concluiu seu discurso aos participantes no encontro internacional, agradecendo a todos os que trabalham para a defesa da vida, em particular, às famílias, mães e pais, que acolheram a vida frágil e, agora, são solidários e ajudam outras famílias. “Seu testemunho de amor é um presente para o mundo!”, encerrou.