Com rede de universidades

CNBB lança Observatório de Bioética para pesquisas em defesa da vida

Observatório promoverá pesquisas com temas ligados à vida, a fim de fomentar os temas de bioética debatidos em sociedade

Da redação, com CNBB e Arquidiocese de Porto Alegre

/ Foto: Divulgação

Organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), uma rede interdisciplinar que integra universidades, sobretudo católicas, lança nesta quarta-feira, 7, o Observatório de Bioética (OB-RS3). O lançamento acontecerá às 19h, no auditório da Casa de Retiros, em Passo Fundo (RS). O Observatório será o primeiro do país que realizará um mapeamento da vulnerabilidade humana no Estado, a partir de 3 eixos: início da vida, final da vida e políticas públicas.

O objetivo do OB-RS3 é fomentar os temas da bioética com dados coletados por meio de pesquisas científicas, que possam contribuir nos debates da sociedade, em promoção e defesa da vida, como a Audiência Pública promovida pelo Supremo Tribunal Federal, em agosto deste ano, sobre a descriminalização do aborto.

Segundo o bispo de Rio Grande (RS) e idealizador do projeto, Dom Ricardo Hoepers, a iniciativa possibilitará a ampliação das pesquisas que são realizadas atualmente, com temas relacionados à vida, ao promover novas demandas e novas metodologias. “Será que ao realizarmos pesquisas voltadas ao tema da vida esgotamos todas as possibilidades de abordagens?”, questiona o bispo que é Doutor em Bioética pela Academia Alfonsiana, de Roma.

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A exortação apostólica Veritatis Gaudium, do Papa Francisco, que fala da importância do diálogo com as universidades e faculdades eclesiásticas, foi um dos elementos que impulsionou a criação do projeto, de acordo com Dom Ricardo Hoepers.

O Observatório será abastecido com pesquisas na área da saúde, realizadas por meio de parcerias com universidades de todo o Estado, católicas e não católicas: PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre; Universidade Franciscana, de Santa Maria; Universidade Católica de Pelotas (UCPel); Faculdade Meridional (IMED); Faculdade Especializada na Área da Saúde do Rio Grande do Sul (FASURGS); Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS); Universidade Passo Fundo (UPF); Instituto de Teologia Pastoral (ITEPA); Hospital da Cidade e Hospital São Vicente de Paulo, todos de Passo Fundo.

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Eixos do Observatório

Nos três eixos que serão trabalhados pelo Observatório estão temas como aborto, manipulação genética, esterilização, procriação responsável, experimentação com fetos, eugenia (início da vida); eutanásia, cuidados paliativos, terapia intensiva (final da vida); e direito à saúde, doenças crônicas, distribuição de recursos, conselhos de saúde, comitês de ética, prevenção (políticas pública). O primeiro retorno sobre as pesquisas deve ocorrer em seis meses, no final do primeiro semestre de 2019, a partir dos estudos que já estão em andamento nas universidades.

Um segundo passo da organização será expandir a participação e incluir, além das universidades (pesquisa, ensino e extensão), a área social, por meio da Pastoral Familiar, elegendo um casal de cada diocese da região do Estado para organizar uma agenda anual de eventos em promoção e defesa da vida. Está sendo construído um site em que serão disponibilizados os estudos produzidos pelo Observatório. Mais de 50 membros, formados em Medicina, Direito, Enfermagem , Teologia, Psicologia, Filosofia e Pedagogia, participarão da iniciativa.

Site do projeto: http://observatoriodebioetica.ucpel.edu.br

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