O Pontífice nos encoraja a não ter medo, pois nossas vidas estão firmemente sob o cuidado amoroso e providencial de Deus, mas devemos ‘estar prontos’ em todos os momentos, vigilantes e atentos para servir a Deus e nossos irmãos e irmãs
Da redação, com Vatican News
Na oração do Angelus deste domingo, 7 de agosto, o Papa Francisco falou sobre o Evangelho de Lucas, capítulo 12, recordando duas exortações presentes no texto: “não tenham medo” e “estejam preparados”. “São duas palavras-chave para superar os medos – disse – que, às vezes, nos paralisam e para superar a tentação de uma vida passiva e adormecida”. E refletiu sobre este tema.
Não tenham medo
“Não tenham medo”. O Papa iniciou afirmando que, depois de encorajar os discípulos, recordando-lhes os cuidados amorosos e providentes do Pai, Jesus disse que não há necessidade de nos preocuparmos e nos agitarmos: a nossa história está firmemente nas mãos de Deus. Os nossos medos, continuou o Papa, geralmente ocorrem quando não conseguimos realizar tudo o que nos propomos, sentimentos de não sermos amados nem felizes, e isso nos leva à desconfiança e à angústia. E afirmou:
“Jesus, entretanto, nos tranquiliza: não tenham medo! Confiem no Pai, que deseja lhes dar tudo o que realmente vocês precisam. Ele já lhes deu o seu Filho, o seu Reino, e sempre os acompanha com a sua providência, cuidando de vocês todos os dias. Não tenham medo: esta é a certeza a que se deve agarrar o coração!”
Estejam preparados
Porém, adverte Francisco, devemos estar despertos e vigilantes, disponíveis para escutar e acolher, estar prontos. E reflete sobre a segunda palavra-chave do Evangelho: “Estejam preparados”. “Jesus repete este convite várias vezes, e hoje o faz através de três breves parábolas, – continuou o Papa – centradas em um chefe de família que, na primeira, retorna de improviso das núpcias, na segunda não quer ser surpreendido por ladrões, e na terceira regressa de uma longa viagem”. Em todos elas, concluiu a mensagem é esta:
“Ficar despertos, não adormecer, ou seja, não se distrair, não ceder à preguiça interior, porque, mesmo em situações em que não esperamos, o Senhor vem.”
Recordando também sobre nossa responsabilidade em conservar e administrar os bens deixados pelo Senhor. Desde a vida, fé, família, relacionamentos, trabalho, como os lugares onde vivemos, nossa cidade, e por fim a criação, disse: “Nós nos preocupamos com esta herança que o Senhor nos deixou? Apreciamos sua beleza ou a usamos somente para nós e para nossas conveniências do momento?”
Francisco concluiu suas palavras convidando mais uma vez a “caminhar sem medo”, “para que não aconteça de nos adormentarmos enquanto o Senhor passa”.