ANGELUS

Papa Francisco convida fiéis a não buscarem nos outros o mal, mas o bem

Falamos com mansidão ou poluímos o mundo espalhando venenos? Esse foi um questionamento levantado pelo Papa no Angelus de hoje

Da Redação, com Vatican News

Foto: Vatican Media via Reuters

No Angelus deste domingo, 27, Papa Francisco convida os fiéis a refletirem sobre dois verbos citados no Evangelho de hoje. O verbo olhar e o falar. Um convite a ter cuidado com as palavras que usamos e que podem alimentar preconceitos, levantar barreiras e poluir o mundo.

Olhar além dos erros

O Papa Francisco diz do risco que as pessoas correm em ficar olhando somente para o cisco nos olhos dos irmãos sem perceber a trave de seu próprio olho, em outras palavras está mais atento aos defeitos dos outros, mesmo nos mais pequenos.

“É verdade o que Jesus disse, que sempre encontramos razões para culpar os outros e nos justificarmos, e tantas vezes reclamamos de coisas que estão erradas na sociedade, na Igreja, no mundo sem primeiro nos questionarmos”, afirma Papa.

O Senhor convida a purificar o olhar; antes de tudo, pede que olhemos para dentro de nós mesmos, para reconhecermos nossas misérias, porque se não formos capazes de ver nossos defeitos, estaremos sempre inclinados a ampliar os defeitos dos outros.

A boca fala daquilo que o coração está cheio

“A boca fala daquilo que enchemos o nosso coração, as palavras que usamos dizem quem somos”, afirma Papa.

Às vezes, prestamos pouca atenção nas palavras que usamos, mas elas têm peso. Nos permitem expressar pensamentos e sentimentos. Infelizmente, porém, com a língua podemos levantar preconceitos, levantar barreiras, agredir e até destruir os irmãos, lembrou o Pontífice. 

Enxergar o bem no próximo

Trata-se, em síntese, de olhar para os outros como o Senhor nos olha, que não vê, antes de tudo, o mal, mas o bem, disse o Papa.

É assim que Deus olha para nós: Ele não vê em nós erros irredimíveis, mas filhos que cometem erros. Muda-se a óptica. Não se concentra nos erros, mas nos filhos que cometem erros. Deus sempre distingue a pessoa de seus erros. Ele sempre acredita na pessoa e está sempre pronto para perdoar os erros.

Todos são chamados a fazer o mesmo: Não buscar nos outros o mal, mas o bem.

O Pontífice pediu a intercessão da Virgem do Silêncio, para que ela ajude a sermos pessoas melhores na virtude do bem.

 

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