Em Celebração Eucarística, Papa Francisco abre a Porta Santa na República Centro-Africana
Letícia Barbosa
Da Redação
No penúltimo dia de atividades na África, Papa Francisco presidiu uma Santa Missa neste domingo, 29, aos sacerdotes, religiosos, catequistas e jovens na Catedral de Bangui, na República Centro-Africana.
Antes de adentrar a catedral o Santo Padre foi recepcionado com muita festa por parte dos fiéis que estavam ao redor da igreja.
Um dos momentos importantes ocorreu com a abertura da Porta Santa que antecipadamente, assim como disse o Pontífice, foi aberta na República Centro-Africana. O chefe da Igreja Católica foi o primeiro a passar pela Porta como ministro da misericórdia.
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Uma Igreja aberta a todos
Na homilia, o Sumo Pontífice reforçou a necessidade da construção de uma “Igreja-Família de Deus” que está aberta a todos e que cuida dos mais necessitados.
“Isto pressupõe a proximidade aos nossos irmãos e irmãs, isto implica um espírito de comunhão. Não se trata primariamente duma questão de recursos financeiros; realmente basta compartilhar a vida do Povo de Deus, dando a razão da esperança que está em nós, sendo testemunhas da misericórdia infinita de Deus”, frisou o Papa.
A conversão como travessia para outra margem
Aos presentes, o Sucessor de Pedro explicou que Jesus se dispõe a acompanhar Seus filhos na travessia para “outra margem”, ou seja, no processo de conversão e mudança de vida. Ele ainda focou a importância do testemunho cristão para que outras pessoas sejam tocadas pelo amor de Deus.
Segundo ele, o testemunho torna as pessoas agentes da evangelização que devem ser “artesãos do perdão”, tornando-se especialistas da reconciliação e peritos da misericórdia.
“Consequentemente os agentes de evangelização devem ser, antes de mais nada, artesãos do perdão, especialistas da reconciliação, peritos da misericórdia. É assim que podemos ajudar os nossos irmãos e irmãs a ‘passar à outra margem’, revelando-lhes o segredo da nossa força, da nossa esperança, e da nossa alegria que têm a sua fonte em Deus, porque estão fundadas na certeza de que Ele está conosco no barco”, afirmou Santo Padre.
Por fim, Francisco pediu aqueles que utilizam-se injustamente as armas deste mundo, para que abaixem esses “instrumentos de morte” e revistam-se com a justiça, o amor e a misericórdia, autênticas garantias de paz.