Diálogo ecumênico

Papa aos metodistas: partilhar o caminho rumo à plena comunhão

Francisco se encontrou com líderes do Conselho Metodista Mundial e falou sobre o relacionamento entre as duas igrejas

Da redação, com Rádio Vaticano

Papa recebe delegação do Conselho Metodista Mundial na Sala do Consistório / Foto: Rádio Vaticano


O Papa Francisco se encontrou nesta quinta-feira, 19, com líderes do Conselho Metodista Mundial a fim de celebrar os 50 anos de diálogo entre as duas igrejas.

Francisco observou que no Antigo Testamento (cf. Lv 25,10) o Senhor anuncia a Moisés que o quinquagésimo ano prevê a libertação dos escravos. E fez uma analogia deste momento com o encontro com os metodistas. “Nós também fomos libertos da escravidão do distanciamento e da suspeita mútua”, disse o Santo Padre.

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Após meio século de diálogo, segundo o Papa, os integrantes das duas igrejas não são considerados mais estranhos, mas por meio do Batismo partilhado são considerados “membros da família de Deus”.  “Somos irmãos, que após uma longa separação, estão felizes por reencontrarem-se e redescobrirem-se uns aos outros”.

Para Francisco, o diálogo verdadeiro encoraja o encontro mútuo na humildade e sinceridade, enquanto buscam aprender um do outro.

Falando sobre John Wesley, pregador do século 18, que com seu irmão fundou o movimento Metodista, o Papa Francisco explicou que suas palavras são exemplos de esperança que trouxeram muitas pessoas a Cristo. “Quando reconhecemos o trabalho do Espírito Santo e outras confissões cristãs, não podemos deixar de nos alegrar, pois eles também podem nos ajudar a nos aproximar do Senhor”.

O Pontífice também ressaltou como nossa fé se torna tangível ao levarmos a forma concreta do amor e serviço aos pobres e marginalizados. Com os Metodistas e Católicos trabalhando juntos, quando ajudam àqueles que estão marginalizados ou necessitados, estão respondendo a um chamado do Senhor.

Por fim, o Pontífice ressaltou que não se pode crescer na santidade sem crescer na comunhão. Ao iniciar uma nova fase de diálogo dedicada à reconciliação, suas discussões devem ser um presente para os cristãos em todos os lugares se tornarem ministros da reconciliação.

“O dom da graça que ‘descobrimos uns nos outros’, com o consequente enriquecimento recíproco e a consciência de sermos ‘irmãos e irmãs em Cristo’, marcam aquele novo tempo para o qual devemos nos preparar, com esperança humilde e empenho concreto, ao pleno reconhecimento que terá lugar, com a ajuda de Deus, quando finalmente podermos nos reencontrar juntos na fração do Pão”, explicou o Papa.

Ao concluir, o Papa Francisco convidou todos a rezarem juntos o Pai Nosso, para que o Senhor conceda “o pão de cada dia” em sustento do novo caminho comum. “Vamos nos preparar com humilde esperança e esforços concretos para este reconhecimento total que nos permitirá nos unir mutuamente na quebra do pão”, findou.

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