No Angelus de hoje, Papa falou sobre a Solenidade de Corpus Christi, destacando o dom da Eucaristia
Da Redação, com Vatican News
Fragilidade e força, amor e traição, pecado e misericórdia. No Angelus deste domingo, 6, o Papa Francisco se concentrou nestes aspectos ao comentar a Solenidade de Corpus Christi, celebrada hoje na Itália. No Brasil, a solenidade foi na última quinta-feira, 3. O Pontífice destacou a Eucaristia como o maior sacramento, o Pão da vida.
“A Eucaristia cura porque une a Jesus: faz-nos assimilar ao seu modo de viver, à sua capacidade de partir-se e doar-se aos irmãos, de responder ao mal com o bem. Dá-nos a coragem de sair de nós mesmos e nos inclinarmos com amor à fragilidade do outro”.
Leia também
.: Papa: Corpus Christi seja presença e conforto no sofrimento de cada dia
A vida é para servir
Trata-se de uma lógica nova que o Papa retoma naquele “gesto humilde de dom, de partilha”. Um gesto em que Jesus não deu pão em abundância para alimentar a multidão, mas ofereceu a si mesmo. “Deste modo, Jesus nos mostra que o objetivo da vida está em doar-se, que a maior coisa é servir. E nós reencontramos hoje a grandeza de Deus em um pedaço de Pão, em uma fragilidade que transborda amor e partilha”.
Na Eucaristia, a fragilidade é força, enfatizou o Papa. Força do amor que se faz pequeno para poder ser colhido. Força do amor que se divide para alimentar e dar vida. Força do amor que se fragmenta para unir.
O Pão dos pecadores
Francisco destacou ainda que esse é um amor que se fortalece se doado àqueles que erraram. Na traição do discípulo – a maior dor para quem ama – Jesus não pune, mas doa misericórdia.
“Quando recebemos a Eucaristia, Jesus faz o mesmo conosco: conhece-nos, sabe que somos pecadores e erramos tanto, mas não renuncia a unir a sua vida à nossa. Sabe que precisamos Dele, porque a Eucaristia não é o prêmio dos santos, mas o Pão dos pecadores.”
O Papa lembrou que Jesus diz que somos preciosos, repete que sua misericórdia não tem medo das nossas misérias. E sobretudo cura com amor aquelas fragilidades que, sozinho, o homem não pode curar.
E que fragilidades são essas? Segundo o Papa, guardar ressentimento de quem nos fez mal, isolar-se em si mesmo, lamentar-se sem encontrar paz. “É Ele que nos cura com a sua presença, com o seu pão, com a Eucaristia. A Eucaristia é remédio eficaz contra esses fechamentos”.
Por fim, o Papa recordou que nos quatro versos da Liturgia das horas está o “resumo da vida de Jesus”. Jesus nasceu, se fez companheiro de vigem na vida. Na ceia, doou-se como alimento e na cruz pagou por nós. “Agora, reinando nos Céus é o nosso prêmio, que nós andemos e busquemos o que nos espera”.