Argentina

Papa escreve prefácio de livro sobre perdão

Francisco recorda que padre Luís Dri, autor do livro, passava longas horas no confessionário em Buenos Aires

Da Redação, com Rádio Vaticano

O Papa Francisco escreveu o prefácio do livro “Não tenha medo de perdoar” do padre Luís Dri, sacerdote confessor em Buenos Aires e grande amigo de Jorge Mario Bergoglio quando era arcebispo da capital argentina.

O livro, realizado em colaboração com os jornalistas Andrea Tornielli e Alver Metalli, foi publicado pela editora RaiEri e estará disponível nas livrarias a partir desta terça-feira, 25. 

O Papa Francisco recorda na introdução do livro que padre Luís Dri passava  longas horas no confessionário em Buenos Aires, tinha o hábito de beijar a mão dos penitentes e pensava que perdoava demais. Diante do Santíssimo Sacramento, o padre Luís pedia ele mesmo perdão por ter perdoado demais.

“Um comportamento necessário hoje”, escreve o Papa, porque o penitente deve sentir o abraço misericordioso de Deus.

“A misericórdia é o amor materno visceral que se comove diante da fragilidade de sua criatura e a abraça, e a grande fidelidade do Pai que sempre apoia, perdoa e volta a colocar os seus filhos em seu caminho.”

Para padre Luís, a misericórdia é um ato de contestação do egoísmo, porque reconhece não “eu”, mas “Outro” o princípio criador do mundo. Aceitando a misericórdia de Deus para o homem e imitando o seu comportamento, se adquire benefícios também na vida coletiva, porque a misericórdia é um comportamento profundamente social, reflete o Papa. 

O Papa reitera que na “guerra mundial em pedações” que se vive, todo sinal de amizade, toda mão estendida e toda reconciliação, embora não faça notícia, é destinada a trabalhar no tecido social, desde a família às relações entre os Estados. Um oceano de misericórdia contra o rio do ódio no qual se imergir e se deixar regenerar.

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