Francisco disse há multidões que anseiam por uma Palavra de vida
Kelen Galvan
Da redação
O segundo dia da visita do Papa Francisco à Colômbia terminou com a Celebração da Santa Missa no Parque Símon Bolívar, em Bogotá.
Na homilia, Francisco refletiu sobre o Evangelho (Lc 5,1-11) que recorda o chamado dos primeiros discípulos de Jesus, nas margens do Lago de Genesaré.
O Santo Padre lembra que é a única vez, em todo o Evangelho de Lucas, que Jesus prega junto do chamado mar da Galileia. Jesus tem atrás de si o mar e à sua frente uma multidão que O seguiu para ouvi-Lo.
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“A Palavra de Jesus tem algo de especial que não deixa ninguém indiferente. A sua Palavra tem o poder de converter os corações, mudar planos e projetos. É uma Palavra corroborada pela ação, não são conclusões redigidas no escritório, expressões frias e distantes do sofrimento das pessoas; por isso, é uma Palavra que serve tanto para a segurança da margem como para a fragilidade do mar”, destacou.
O Papa afirmou que também em Bogotá vivem multidões que anseiam por uma palavra de vida, que ilumine os esforços e mostre o sentido e a beleza da existência humana. E lembrou que o mandato de lançar as redes não é dirigido apenas a Simão Pedro.
“Em Bogotá e na Colômbia, peregrina uma comunidade imensa, que é chamada a tornar-se uma rede vigorosa que congregue a todos na unidade, trabalhando na defesa e cuidado da vida humana, particularmente quando é mais frágil e vulnerável: no seio materno, na infância, na velhice, nas condições de invalidez, e nas situações de marginalização social”.
Francisco destacou ainda que as multidões que vivem na Colômbia podem tornar-se verdadeiras comunidades vivas, justas e fraternas, se escutarem e acolherem a Palavra de Deus.
“Nestas multidões evangelizadas, hão de surgir muitos homens e mulheres tornados discípulos que, com um coração verdadeiramente livre, sigam a Jesus; homens e mulheres capazes de amar a vida em todas as suas fases, de a respeitar e promover”.
O Santo Padre afirmou que é necessário chamar uns pelos outros, voltar a considerarem-se irmãos, companheiros de estrada, sócios desta empresa comum que é a pátria.
E concluiu sua homilia, convidando os presentes a perder medos que não vêm de Deus, que paralisam e atrasam a urgência de ser construtores da paz e promotores da vida.