Francisco afirmou que muitos são os contagiados e os mortos pelo coronavírus, inclusive entre os povos indígenas: “Rezo pelos mais pobres e indefesos daquela querida região”
Da redação, com Vatican News
Ao final da oração do Regina Coeli deste domingo, 31, o Papa Francisco fez um apelo especial pela Amazônia, recordando o recente Sínodo realizado no Vaticano sete meses atrás: “Hoje, festa de Pentecostes, invoquemos o Espírito Santo para que dê luz e força à Igreja e à sociedade na Amazônia duramente provada pela pandemia”.
Muitos são os contagiados e os mortos, lamentou o Pontífice, inclusive entre os povos indígenas, particularmente vulneráveis. “Por intercessão de Maria, Mãe da Amazônia, rezo pelos mais pobres e indefesos daquela querida região, mas também por aqueles de todo o mundo, e faço apelo para que não falte a ninguém assistência de saúde.”
O Papa fez um acréscimo, não previsto no texto inicial, afirmando que é preciso cuidar das pessoas e não economizar para salvar a economia: “Cuidar das pessoas, que são mais importantes do que a economia. Nós, pessoas, somos o templo do Espírito Santo; a economia, não.”
Papa Francisco e o telefonema para o Arcebispo de Manaus
Não é a primeira vez que o Pontífice manifesta sua proximidade à região. No dia 26 de abril, o arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, recebeu um telefonema do Papa, que expressou sua preocupação com os povos indígenas, os ribeirinhos e os pobres.
Os bispos da região não só no Brasil, mas também nos demais países que têm este ecossistema em seus territórios, vêm manifestando sua preocupação com o avanço da epidemia entre os indígenas. São inúmeros os artigos e reportagens que denunciam a situação de vulnerabilidade e pedem maior proteção.
Campanha “A Amazônia precisa de você”
No dia 18 de maio, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) e a Rede Eclesial Pan-Amazônica no Brasil (Repam-Brasil) lançaram a campanha “A Amazônia precisa de você” para a arrecadação de fundos. A Covid-19 faz suas vítimas também entre os missionários. O regional Norte 2 da CNBB, que abrange os estados do Pará e Amapá, é o que mais contabiliza infecções de padres pela Covid-19: são 41 infectados e cinco mortos.