NOSSA SENHORA

Papa aos Monfortinos: coragem e criatividade para alcançar a paz

Em sua saudação aos numerosos Monfortinos, o Papa recordou os mais de três séculos de vida e serviço da Congregação, que, hoje, realiza seu Capítulo Geral

Da redação, com Vatican News

Francisco recebe os Missionários de Montfort, Companhia de Maria / Foto: Vatican Media – Catholic Press Photo via Reuters

O Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado, 20, no Vaticano, a família dos Missionários de Montfort, Companhia de Maria, por ocasião do seu 38º Capítulo Geral, que coincide com os aniversários do nascimento e canonização do Fundador São Luís Maria Grignion de Montfort.

Em sua saudação aos numerosos Monfortinos, o Papa recordou os mais de três séculos de vida e serviço da Congregação, que, hoje, realiza seu Capítulo Geral, sobre o tema: “Ousar arriscar por Deus e pela humanidade: Nossa fidelidade criativa”, palavras que animaram o Fundador no início do seu Instituto, como destacou Francisco:

“Ele viveu em um tempo marcado por desafios que comprometiam a Igreja e a sociedade, conhecido como “época dos racionalistas e libertinos”, como também “berço do jansenismo”. Diante de tais provocações, São Luís Maria se perguntou, antes de tudo, qual a sua origem comum e a identificou com uma confiança excessiva dos homens na sabedoria do mundo em detrimento da primazia da Sabedoria de Deus”.

Por isso, explicou o Papa, ele deu início a uma intensa atividade de pregação, com criatividade e sem medo, apesar das incompreensões que encontrara dentro e fora da Igreja. Porém, o fundador não desistiu. Pelo contrário, continuou a pregar e a promover o amor pela verdadeira Sabedoria, mediante a devoção a Nossa Senhora, até a sua morte, ao quarenta e três anos, durante uma missão.

Aqui, Francisco recordou que os Monfortinos dão testemunho dos frutos da sua coragem em trinta e três países, que contam mais de setecentos religiosos, além dos Irmãos de São Gabriel, as Filhas da Sabedoria e os Leigos Associados.

Porém, como naquela época, ainda hoje não faltam desafios pastorais, como o individualismo, relativismo, hedonismo e egoísmo consumista, que endurece o coração dos ricos e suscita injustiças e desigualdades, em detrimento dos pobres.

A propósito, o Papa recordou o programa de vida e ação de São Luís Maria Montfort, sempre atual: “buscar, contemplar, revelar a Sabedoria no coração do mundo e denunciar sua falsa sabedoria”, através do exemplo e ajuda de Maria. Por isso, Francisco refletiu sobre três valores, que considera importantes e atuais: “hospitalidade, internacionalidade e ternura”:

“O Evangelho apresenta-nos Maria como aquela que, para acolher Jesus, Sabedoria do Pai, aceitou, com coragem, mudar completamente a sua vida, costumes, sonhos e escolhas. Assim, acolheu e doou aos seus irmãos o amor, que recebeu em Nazaré, no Calvário e no Cenáculo. À luz da Páscoa, fez parte da vida da primeira comunidade”.

Logo, afirmou Francisco, a hospitalidade foi uma dimensão fundamental da sua existência e da sua missão. Por isso, exortou os Monfortinos a seguir seu exemplo em suas comunidades e entre os fiéis no mundo. Este valor é enriquecido com as cores da internacionalidade de seus membros, entre as várias culturas e gerações.

Por fim, falando destas virtudes, o Santo Padre disse que elas florescem, em todos os níveis, quando as pessoas se sentem amadas e respeitadas, como São Luís Maria Montfort ensinou.

O Papa concluiu seu pronunciamento à grande Família dos Monfortinos exortando todos a seguir o exemplo e a ternura de Maria, que acolhe sempre seus filhos. Como membros da Companhia de Maria, encorajou-os a renovar o ato de Consagração ao Imaculado Coração de Maria da Igreja e do mundo inteiro, sobretudo da Ucrânia e da Rússia, para que ajude todos a buscar, com coragem e criatividade, os caminhos do perdão, do diálogo, do acolhimento e da paz para a humanidade.

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