Francisco propôs aos membros das associações católicas internacionais três práticas: formação, meios materiais necessários e trabalho em equipe
Da redação, com Vatican News
O Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado, 7, na Sala do Consistório, no Vaticano, cerca 100 participantes no Fórum Mundial das ONGs – Organizações não Governamentais – de inspiração católica. Em seu discurso aos presentes, o Papa cumprimentou os Representantes da Santa Sé, junto aos Organismos Internacionais, e os líderes e dirigentes das diversas ONGs. A todos, manifestou sua gratidão, dizendo:
“Obrigado por virem, de vários países do mundo, para compartilhar experiências e reflexões sobre o tema da inclusão. Desta forma, vocês desejam dar um testemunho concreto em favor dos mais vulneráveis, para que sejam acolhidos e incluídos no mundo, nossa ‘Casa comum'”.
Muitos trabalham pelos direitos humanos e as condições de vida das pessoas: habitat, educação, desenvolvimento e outros problemas sociais, observou o Pontífice. A Igreja, que “vive e atua neste mundo”, também conta com a colaboração das várias associações católicas internacionais, às quais propôs três meios para a sua ação concreta, frisou o Papa: “Formação dos membros, meios materiais necessários e trabalho em equipe”.
Sobre a formação dos membros das várias associações católicas internacionais, o Santo Padre disse: “A complexidade do mundo e a crise antropológica, na qual estamos imersos, exigem um testemunho coerente de vida, através de um diálogo e uma reflexão positiva sobre a dignidade humana. Tal testemunho supõe uma grande fé e confiança e uma preparação profissional adequada em assuntos científicos e humanos na perspectiva cristã”.
Nesse sentido, Francisco afirmou que a Doutrina Social da Igreja oferece princípios eclesiais adequados para servir melhor a humanidade. A formação e a educação estão entre as metas prioritárias. Por isso, o Pontífice fez seu apelo por um “Pacto Global sobre Educação”, para a construção da paz, justiça, acolhida dos povos e solidariedade universal, além do cuidado da “Casa comum”.
Para que isto seja possível, o Papa explicou o segundo ponto da sua reflexão: os “meios materiais necessários. “Os meios são importantes e necessários, mas, às vezes, não são suficientes para alcançar os objetivos propostos. No entanto, não devemos desanimar, sabendo que a Igreja sempre realizou grandes obras com poucos recursos”.
A Igreja, acrescentou o Santo Padre, espera que os fiéis coloquem em prática seus talentos, com a ajuda e o poder de Deus, para a realização das boas obras. Francisco apresentou sua terceira e última proposta: “compartilhar iniciativas e trabalhar em equipe”. “Colaborar com os projetos comuns enaltece ainda mais o valor das obras, pois destaca as metas inatas da Igreja: a comunhão e caminhar juntos, na mesma missão, a serviço do bem comum, através da corresponsabilidade e contribuição de todos”.
Por fim, referindo-se ao tema central do Fórum Mundial das ONGs, o Papa afirmou que para a realização dos diversos projetos, é preciso unir as próprias forças às de outras Organizações católicas, em comunhão com seus Pastores e com os representantes da Santa Sé junto aos Organismos Internacionais.
“O mundo de hoje clama por uma nova audácia e uma nova imaginação para criar outras formas de diálogo e cooperação, a fim de favorecer uma maior cultura de encontro, onde a dignidade do ser humano, segundo o plano criador de Deus, seja colocada ao centro”, concluiu.